O Sapo Galã
Jorge Linhaça
Um sapo, todo manhoso
Todo cheio de charminho
deitado estava, dengoso,
na folha em forma de ninho
Na boca tinha uma rosa
Vermelha...cor da paixão
E o sapo, todo prosa
"pagava" de gostosão
Se achava o "pegador"
Don Juan da saparia
O sapo conquistador
Uma chance não perdia
Perereca não havia
e nem rã, que lhe escapasse
O sapo galã sorria
pra toda que ali passasse
O sapinho era famoso
Era um sonho de consumo
Ao velo todo garboso
As sapas iam sem rumo
Mas o sapo coitadinho
também tinha seus segredos
Passar a vida sozinho
Era o maior de seus medos
A sua fama de Galã
Lhe trazia mil problemas
As sapinhas e as rãs
Tinham sempre um dilema
Seria só brincadeira
Ou procurava o amor
( aquela flecha certeira )
O sapo conquistador?
O final desta história
Cada qual escreva o seu
O sapo teve a vitória
Ou sozinho ele morreu?
Cada um com seu cada qual
Cada qual com seu cada um
Cada um faz o seu final
Errado não fica nenhum
Arandu, 10 de fevereiro de 2011