Enganando a idade

Um velhinho centenário

Quis driblar o calendário

Um dia sim, um dia não

Com um gesto de vilão

Arrancava uma folhinha

No pé da erva daninha

Certo o velho meliante

Que o ano não ia adiante

O Natal de toda gente

Viria no ano subseqüente

Num mundo faz de conta

Um atraso de tal monta

Que para cada dois anos

A contabilidade do engano

Mudava todo o contexto

O jogando em ano bissexto

No fim o engodo do otário

Fez dele um bicentenário

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 31/12/2011
Reeditado em 31/12/2011
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