Enganando a idade
Um velhinho centenário
Quis driblar o calendário
Um dia sim, um dia não
Com um gesto de vilão
Arrancava uma folhinha
No pé da erva daninha
Certo o velho meliante
Que o ano não ia adiante
O Natal de toda gente
Viria no ano subseqüente
Num mundo faz de conta
Um atraso de tal monta
Que para cada dois anos
A contabilidade do engano
Mudava todo o contexto
O jogando em ano bissexto
No fim o engodo do otário
Fez dele um bicentenário