INFANTILIDADE

Uma criança que se vista como criança.

Meninos que brinquem,que cantem,que usem suas imaginações,e que criem seus próprios brinquedos.

Que corram de pés descalços,e não se preocupem com quem estejam calçados.

Meninas de laços,e fitas no cabelos.

Que namorem,como crianças,e não beijem como adultos,vorazes.

Falem sobre os mitos, lendas do nosso folclore,e criem seus próprios

heróis,fadas,bruxas,duendes e que tenham medo de bichos papões.

Que contem,e que cantem, suas histórias,suas fantasias.

Que não saibam de nada,antes da hora,do despertar suas sabedorias

pueris.

A precocidade,é a pior coisa que se pode colocar na cabeça de uma criança.

Adiantar um relógio,é alterar o tempo,é deturpar,é perder, é colocar fermento,para aumentar o tamanho do bolo,carbureto,para amadurecer

rapidamente as frutas.

Nós adultos,estamos apressados,em busca dessa afirmação,do TER,

e estamos esquecendo,que estamos sendo observados pelas crianças

que inocentemente,se adiantam na tentativa de nos agradar,mostrando-nos serem inteligentes,sábias,capazes.

Não era uma vez,um menino que só estudou, que só trabalhou.

Não era uma vez,um menino que não aprendeu a brincar

Não era uma vez,um menino que apanhou,e que chorou,chorou.

Não era uma vez, um menino que não aprendeu a sonhar.

É agora, e será para sempre, a vez de que criança,vai brincar,vai

estudar,vai crescer sem pressa,sem cobranças,sem discriminações,

é agora que vamos cuidar das crianças,como cuidamos das nossas

plantas nos jardins,nós a regamos,e qualquer que seja o resultado,

qualquer tamanho,qualquer cor,qualquer perfume,que venha dá as

flores,nós as colheremos,levaremos para dentro de nossas casas,colocaremos em segurança,e vamos dá nosso amor,carinho sem

nada cobrar.deixaremos que ela desabroche sua, flora-infantilidade.

GILSON DANGEL
Enviado por GILSON DANGEL em 30/10/2011
Reeditado em 30/10/2011
Código do texto: T3306086
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