Pepa a formiguinha feliz
Caminhava apressada, de um lado para o outro, levando comida para as larvas do formigueiro e para alimentar a Rainha.
Pepa trabalhava demais. Era uma entre muitas obreiras que também preparavam o farnel para a temporada do frio.
No frio, as árvores perdem o viço, caem suas folhas, e quase como em abandono, só vemos grandes caules pelados.
Sempre buscando novas rotas e fontes de novos alimentos Pepa demarcava o caminho com feromônio para que as outras obreiras pudessem seguir o mesmo trajeto.
Para amenizar suas caminhadas, com pesados fardos nas costas Pepa cantava.
Em suas canções sonhava um dia ser a Rainha.
Sonhava porque assim teria quem fizesse todo esse trabalho para ela.
Quando chegou a época do acasalamento Pepa enfeitou-se toda para a festa no formigueiro.
Era um dia de festa no formigueiro porque aquela que fosse eleita a mais bonita seria coroada como Rainha.
Quem escolhia a Rainha eram as formigas-machos.
E Pepa naquela noite, finalmente, foi eleita a Rainha do formigueiro, passando a ser bem guardada pelas formigas soldados e alimentada pelas obreiras, como antes ela fazia.
E seus suditos comemoraram com um grande baile.