Luki na floresta
No meu tempo de floresta junto aos índios Tapajós.
Minha rede, minha casa estirada nos cipós.
Dormia no pé da cachoeira
No fresco da sombra dos jequitibás.
Sonhava ao som das corredeiras
Com uma menina e uma corda na mão.
Chamando meu nome de um nome estranho
Dizia: - Vem Robert, meu coração.
Mas, o tempo de floreresta um dia tinha que acabar
Adeus índios e urtigas, Rotwaillers e gambás.
Chegou uma gente assim tão contente,
Que gente estranha veio me buscar.
E aquela menina que veio com eles
Eu já conhecia de outro lugar.
Só tinha mudado o meu nome estranho
Agora era Luki igual ao meu pai.