Zezinho tinha um burrico chamado vavá, era preguiçoso que só ele...

 

Vivia deitado na grama sempre cochilando, só levantava para comer e fazer as suas necessidades. 

 

Por mais que Zezinho tentasse levantá-lo para ele ajudá-lo nas tarefas do roçado, mais o burrico se esperramava no chão e dormia.

 

Quando queria, punha-se sentado a fazer "pantominas" a fim de chamar àtenção das pessoas que passavam. 



O menino ficava furioso e um dia ele pensou:

 

 _ Vou arrastar este burrico, nem que seja à força e fazê-lo ajudar nos trabalhos. Não é possível que ele fique dormindo o dia todo enquanto eu trabalho sozinho...

 

O menino teve a ideia de amarrar uma corda no burro e pedir ajuda aos amigos a fim de colocá-lo de pé.

 

 E não é que deu certo? Deu sim! 

 

Lá estava o burrico vavá de pé, os amigos do garoto seguravam-no para ele não voltar a deitar enquanto Zezinho atrelava a carroça para carregar verduras a serem vendidas no povoado. 

 

Mas Zezinho não se lembrou de colocar as ferraduras no burrico e lá se foi ele batendo o chicote no lombo de vavá para que ele adiantasse a marcha. 

 

Depois de algum tempo vavá começou a sentir dores por não estar com as ferraduras e relinchava tão alto que uma fadinha que descansava nas nuvens o escutou.


A fadinha aproximou-se da carroça e falou para Zezinho: 

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- Garoto, desça da carroça, tire os sapatos e caminhe até aquela porteira bem ali, disse a fadinha apontando para a entrada de uma fazenda.

 

_ Pra quê? -perguntou o menino. 

 

_ Faça o que estou pedindo que você vai ver...disse a fadinha.



O menino obedeceu à fadinha mas não suportando o chão muito quente e áspero pela presença de muitos pedregulhos, não conseguiu chegar até a porteira e comentou:

 

_ Está muito quente e duro, eu não consigo não! choramingou.

 

-AH! disse a fadinha, você não consegue e quer que o seu amiguinho vavá consiga? 

Você colocou as ferraduras dele? 

 

_ Não, eu me esqueci, respondeu o garoto ainda choramingando.

 

- Mas não esqueceu os seus sapatos, esqueceu? 

 

_Ãhnnn...bem...eu...hããmnnn..eu..éaéé.....gaguejava o garoto.

 

- Não precisa gaguejar amiguinho, volte para o seu lar, bem devagarinho para não maltratar mais ainda o amiguinho vavá, deixe-o de repouso alguns dias e depois ensine-o a trabalhar mas o faça de maneira correta, está bem assim? perguntou a fadinha.

 

_ Claro fadinha, claro!

 

O garoto retornou bem devagarinho, quando a noitinha estava chegando eles estavam no terreiro da casinha.O garoto desatrelou a carroça, soltou vavá levando-o para descansar conforme a fadinha havia orientado. 
 

Trabalhar é bom e necessário mas devemos respeitar os direitos dos outros, até mesmo dos animais.

bjs,soninha

 

Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 26/09/2011
Reeditado em 26/09/2011
Código do texto: T3242949
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