O sonho do Pajé
Era outono...
0 vento ventava nas folhas das árvores
Os pássaros famintos voavam
Daqui pra lá e de lá pra cá
Jacý, a lua se insinuava a noite
Derrubando verá (luz) sobre o terreiro
Pajé fazia reverência a jirojy, (sol)
Que se despedia de mais um dia
Em silêncio acendia a fogueira
Sem vontade de cantar e dançar
Pajelança há muito tempo não fazia
O seu povo na tevê se perdia
E na net se ligava
Pajé se entristecia
Seus costumes e tradição
Estavam se acabando
Já não sonhava havia muitas luas
Sentia que precisava de um novo canto
para ter um novo canto era preciso sonhá-lo
A dança e conto era revelado em sonho
Pelos seus ancestrais
A fogueira apagou!
A noite esfriou!
Pajé dormiu! ... sonhou!
Com um novo canto
E despertará sua tribo para pajelança!
Ereré!
Leitura – Encontro 219º.
Livro: Os óculos do Pajé
Niminon Suzel Pinheiro
Elaborado pelas crianças do grupo de Quinta feira – 14hs00 as 16h00
André Luiz Mariano Neves Filho
Gustavo Henrique Eufrazino Peres
Eliara da Silva Lourenço
Leticia Gonçalves