O CONTA-GOTAS INSENSÍVEL

Pinga, pinga conta-gotas,

Não pare jamais de pingar.

Pinga dentro desta boca,

Pinga aqui, pinga acolá.

Nunca se esqueça os ouvidos,

Pinga nos olhos também.

Pinga sempre, meu querido,

Clareie a vista de alguém.

Nada mais sabe fazer

Na vida, senão pingar.

Trabalha quase a morrer,

Não pode nem conversar.

Pobre amigo conta-gotas,

Não sabe o que é amar...

Não conheço uma garota

Que queira nele pensar.

O jeito é seguir sozinho,

Sempre, sempre a trabalhar.

Terá de viver sem carinho,

Pois você só sabe pingar!!...

E AMOR PINGADO?!...

NÃO DÁ!

*Poesia extraída do meu livro infantil: Planeta Terra - Mundo de gente feliz

Julieta Bossois
Enviado por Julieta Bossois em 29/07/2011
Código do texto: T3127003
Classificação de conteúdo: seguro