Casa própria
A tartaruga
Tem tanta ruga
Mas não se cansa
não entra em rusga
Sua vida é mansa
Pois não se aferra
Se houver guerra
Já tem escudo
Para o cascudo
Se a coisa aperta
Ao sinal de alerta
Se bem me lembro
Recolhe os membros
E a cabeça
Que lhe obedeça
Não tranca a porta
Mas não importa
Pois lá no centro
O que tem dentro
Fica seguro
Mas é escuro
Ela chamou decorador
Para enfeitar o interior
Cortina rendada
Em toda entrada
Para o calor
Um abanador
Botou um sinal
Na caixa postal
Pois no canteiro
Tem um carteiro
Sem saber nada
É uma alienada
Chega notícia
De batelada
Pouco se mostra
E isto a prostra
Pois sem ser ostra
Ela se esconde
E o Sr Tartô
Que é seu amor
Não sabe onde