Casa própria

A tartaruga

Tem tanta ruga

Mas não se cansa

não entra em rusga

Sua vida é mansa

Pois não se aferra

Se houver guerra

Já tem escudo

Para o cascudo

Se a coisa aperta

Ao sinal de alerta

Se bem me lembro

Recolhe os membros

E a cabeça

Que lhe obedeça

Não tranca a porta

Mas não importa

Pois lá no centro

O que tem dentro

Fica seguro

Mas é escuro

Ela chamou decorador

Para enfeitar o interior

Cortina rendada

Em toda entrada

Para o calor

Um abanador

Botou um sinal

Na caixa postal

Pois no canteiro

Tem um carteiro

Sem saber nada

É uma alienada

Chega notícia

De batelada

Pouco se mostra

E isto a prostra

Pois sem ser ostra

Ela se esconde

E o Sr Tartô

Que é seu amor

Não sabe onde

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 25/05/2011
Reeditado em 25/05/2011
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