A fruta do Conde

A fruta do conde

Não tem por onde

Não tem por onde

E se esconde

Em volta dela

Tem muito espinho

Igual carrapicho

A fruta do conde

Mas com um nome

Tão nobre

Vive como uma rainha

No pé magricela

De sua árvore

Enquanto sua polpa

Fica a vontade/

Fica a vontade

Com tanta semente

Na fruta do conde

A polpa e a semente

Ficam à vontade

A dançar solenemente

As duas, no fim da tarde

Na boca gulosa do moleque

Nos lábios tímidos da avó

A fruta do conde se esconde,

Termina nobre de lamber os beiços

Enquanto sua casca de espinhos

termina para os mosquitos.

Adrienne Kátia Savazoni Morelato
Enviado por Adrienne Kátia Savazoni Morelato em 01/05/2011
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