A CIDADE ENCANTADA
Não teria pessoas adultas.
Só crianças brincando felizes,
Com duendes, fadas madrinhas,
Anjinhos tocando harpas douradas,
Músicas que ecoariam distantes,
Atraindo animais e pássaros,
Que queriam também escutar.
As flores trariam seus perfumes,
Que a brisa buscava nas matas,
Trazendo sementinhas irrequietas,
Pousando na terra querendo dormir,
E quando a chuva caisse suave,
Brotavam floridas num lindo jardim,
Que atrairiam beija-flores bonitinhos.
Logo um lindo arco-iris se formava,
Vaidoso por exibir suas lindas cores,
Vermelhas, amarelas, azuis, laranjas,
E as crianças apontando os dedinhos,
Curiosas perguntavam onde nasciam,
Pois só nas chuvas é que apareciam,
Pensando até que ficavam dormindo.
A cidade não tinha prédios nem muros,
Só brinquedos onde podiam brincar,
Com a natureza logo ali bem pertinho,
Mostrando suas matas todas verdinhas,
Enfeitada de flores de todas as cores,
E cachoeirinhas mimosas sapéquinhas,
Convidavam as crianças para brincar.
Assim seria a cidade que até imaginei,
Para que as crianças pudessem só sorrir,
Sem jamais sofrerem dores e nem fomes,
Pois merecem ser amadas em plenitudes,
Diante de todas as alegrias que nos trazem,
E se algumas dessas flores quiserem murchar,
Regá-las para que novamente vaidosas florir.
26-04-2011