Os três amiguinhos.
Os três amiguinhos.
Em uma floresta encantada , todos os animais falavam e brincavam juntos.
Dona corva teve Três corvinhos , dona tartaruga teve trinta filhotes , e dona passara teve somente dois filhotes.
Aconteceu uma festa na floresta e todos foram convidados para o aniversario da dona tartaruga que completava cem anos, tinha de tudo que você possa imaginar nesta festa, a bicharada estava toda reunida ali .
Tocavam musicas de todos os tipos e pássaros cantavam animados, ate tinha sapo coachando cantorias para a dona tartaruga .
Nesta festa três filhotes se conheceram e ficaram amigos: Corvino o filhote de corvo, Jurubeba a pequena tartaruga, e Safir o pequeno sábia.
Ficaram tão amigos que começaram a ficar longe do bando pra brincarem juntos, mas as três mães sempre sabiam onde eles estavam, vigiando de longe aquela amizade.
Corvino um dia quando foi beber água no lago olhou sua imagem e viu suas penas negras , seus olhos grandes e começou a se achar um animal feio, chorou na beira do lago e começou a ficar cada vez mais triste e tudo que ele via era feio a partir desse dia, vendo tudo preto, tudo grande , achando defeito em todos a sua volta.
Logo que começava uma brincadeira se lembrava da sua imagem no lado e dizia para seus amigos.
Nossa vai chover esta tão preta estas nuvens!
Nossa ! não vai dar para brincar esta preta esta grama, esta tudo queimado vou me queimar os pés.
E nada mais tinha graça para Corvino
-Safir que gordo, muito gordo está você tem que fazer um regime para emagrecer.
Safir olhou para si e viu que era igual aos outros pássaros que não tinha nenhuma gordura a mais ou a menos.
E Corvino disse;
Safir você esta muito feio deveria mudar este bico enorme ficaria mais bonito se fosse igual a Jurubeba .
Jurubeba que casco duro você tem?
Jurubeba que pés vagarosos, nossa, nunca alcançará nós dois na corrida, parece uma lesma.
Safir você nunca vai conseguir voar como seus pais é um incompetente.
Safir estava ficando cada vez mais triste com o seu amigo Corvino que so falava de seus defeitos, a cada tentativa que falhava seu amigo gargalhava kkkkkkkkk e chegava chorar de tanto rir.
Corvino deixe o Safir em paz, deixe ele tentar voar dizia Jurubeba triste com a atitude de Corvino.
Vou voar um dia falou Safir mesmo que demore vou voar!
Então Safir notou que Corvino estremeceu e saiu de perto deles. Andando devagar foi perto de uma árvore bem alta subiu em um galho e começou a bater as asas mas não voou .
Olhe Corvino não sabe voar falou Jurubeba escondida atrás de um grande arbusto.
Não sabia que ele não conseguia voar, não entendo porque ele vive rindo tanto de mim falou Safir intrigado.
Ficaram um bom tempo olhando as diversas tentativas de Corvino que tremia ao chegar perto da beirada do tronco , não alçando vôo tremendo de medo, a cada tentativa fechava os olhos e não conseguia voar tinha medo de altura.
Jurubeba reparou que ele tremia a cada vez que chegava perto da beirada do tronco para quase cair para baixo, recuando tremulo disse a Safir:
Safir o Corvino tem medo de altura , repare que cada vez que chega perto da beirada do tronco ele recua .
Sim estou vendo, mas vamos nos esconder ate ele descer e quando ele descer vamos conversar com ele, de tanto ver ele sofrer quero ajudar ele a voar e já perdi o medo de altura .
Descendo Corvino com grande dificuldade, viu seus amigos olhando ele e ficou todo envergonhado, mas ambos o abraçaram dizendo:
Eu vi que queria voar, mas teve medo eu também tenho medo disse Safir.
Eu então que não quero saber de subir em árvore disse a pequena tartaruga.
Vamos subir disse Sabir a Corvino que concordou.
E subindo na frente Safir começou a tentar voar , tremeu suou, e não conseguiu .
Corvino soltou uma das suas gargalhadas kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, colocando a mão na barriga e se deitando de costas de tanto que achou engraçado.
Corvino eu vi você a poucos minutos atrás nesta mesma situação.
Corvino parou de gargalhar na hora, ficando com cara de emburrado.
Vou voar , vou voar , todos os passarinhos voam, eu também posso voar, vou voar.
Balançou suas asas e começou a acreditar em si mesmo e deu um impulso para frente, finalmente batendo suas asas e voando com grande contentamento.
Safir você vai cair, não voe, você não pode voar .
Sim eu posso eu estou voando, como estou feliz.
Não pode vai bater em uma árvore vai se esborrachar ai no chão, volte para a árvore não voe você não pode voar.
Ele já esta voando, e voando muito bem disse Jurubeba feliz com o sucesso do seu amigo.
Corvino chegou na beirada do tronco olhou para baixo ficando com as pernas bambas , não conseguindo voar desceu triste da árvore.
Enquanto isso Safir se divertia com suas asas , indo cada vez mais longe gritando feliz :
Eu venci, eu posso , eu consegui.
Se reuniram muitos sábias perto dele que felicitavam Safir pela sua vitória
Venceu o medo de voar meu filho dizia o pai orgulhoso de Safir e foram todos cada vez mais longe indo para a casa comemorar seu primeiro vôo com sua família e com a passarada. Ficando Jurubeba que gritava para Corvino
Suba na arvore e voe Corvino , você também tem asas.
Eu não posso, eu não consigo , tudo é difícil para mim eu tenho medo de altura.
Como um pássaro tem medo de altura? Corvo também é pássaro que eu saiba.
Corvo também é pássaro mas eu sou diferente sou um pássaro que não sabe voar, não quero voar e todos que voam deveriam estar aqui no chão é muito mais seguro e divertido.
Não me parece feliz Corvino disse a pequena tartaruga.
Estou feliz sim , sou o corvo mais feliz dessa floresta, dando um chute em uma pequena pedra, virou as costas para Jurubeba cabisbaixo foi para casa.
Por vários dias ele não saiu de seu ninho não querendo nem comer.
E Safir e Jurubeba se encontravam todos os dias para brincarem juntos sentiam muito a falta de Corvino, quando ele chegou de surpresa e disse:
Me ensine a voar Safir?
Claro que te ensino Corvino, mas vamos fazer um trato?
Que trato?
Você tem que parar de rir de mim e da Jurubeba quando não conseguimos fazer alguma coisa e parar de achar que tudo é feio , achando defeito em tudo.
Tudo bem vou tentar falou Corvino, mas ser preto e ver tudo preto é próprio da minha natureza, afinal eu sou um corvo e corvos são bem assim , todos são feios como nós , ninguém consegue nada como eu e ninguém pode quando eu não posso, tudo é muito difícil.
Não é bem assim falou Safir , olhe para todos os lados que todos os pássaros estão voando, esperado que você consiga voar , para fazermos uma festa, repita comigo : Eu posso voar , eu consigo voar , eu tenho asas eu sou um pássaro , eu consigo e venha comigo que eu vou na frente , me siga.
Eu vou voar , eu posso voar e... estou apavorado, vou cair isso sim.
Você consegue, vamos , vamos você pode.
Então Safir voou perto do seu amigo e disse:-
Vamos Corvino pegue minha asa.
Estendendo a asa para Corvino que pegou e então Safir o fez dar o primeiro passo longe do tronco da árvore que Corvino caiu mas no desespero começou a bater suas asas bem ligeiro finalmente voando.
Estava pensando que ia cair, mas estou voando, estou voando, voando finalmente voando.
E voaram tanto por entre as árvores indo por todos os lugares juntos e felizes, falando com todos que fizeram uma grande festa, convidando todos . Jurubeba também estava na festa e os dois amigos levantaram ela do chão, pegando em suas patinhas um de cada lado, pois mesmo sendo tartaruga ele também sonhava em voar. E todos riam felizes kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkk kkkkk kkkkk kkkkk kkkkkkkkkkkkkk!