LEMBRANÇAS DE UM ÍNDIO...
Eu vivia em liberdade
tudo que queria ao meu alcance
peixes, frutas em abundância.
O mundo era meu quintal.
Com meu arco às minhas costas,
eu era um curumim feliz.
Na aldeia com meus amigos,
caçava , plantava e brincava.
mas o que eu gostava mesmo
era de nadar no rio
pulava da minha canoa
e ficava alí a espera
da minha amiga jaci
tupã me protegia
das maldades do homem branco
mas se ficava doente,
pajé tinha lá seus encantos.
Mminha oca era espaçosa
e a mais bonita da aldeia.
Hoje não sou mais aquele índio,
minhas terras foram invadidas,
minha cultura alterada,
minhas crianças correm o risco
de esquecer o tupi-guarani,
língua-mãe da minha tribo.
Deixei de ser guerreiro...
E agora, o que sou?