O cansaço de Cecília

Passando por um longo caminho Cecília se cansa. Olha para os lados, olhos são fixados na frondosa mangueira.

Com ato ritmado e seguro senta-se. Nessa hora nem pedimos a razão para nortear nossas atitudes. O fisiológico fala bem mais alto e convincente.

A canseira passa depois dos sete primeiros minutos. Restando à suave emoção do doce prazer da sombra e ar fresco. Semelhante ao ar condicionado do banco. Aquele que nem a imensa fila nos irrita.

Entregue a pensamentos Cecília pega no sono. Sonhando com um mundo mágico recheado de doce. O mundo tem em si contido, casas de biscoitos weifel e reboque nas paredes geléias, dos mais diversos sabores.

Dentro móveis feitos com balas, Marshmallow, jujuba e muito chocolate: branco, marrom, até com recheio de limão. Que delícia!

Na fonte jorra-se suco, podia ser refrigerante, mas nesse mundo as marcas não devem ser tão bem vistas.

A menina corre e pula, come e bebe no mundo encantado. Mas de tanto pular se cansa de novo. Acorda para voltar à vida real. Lá estava deitada e bem cômoda.

Acorda, espreguiça, a barriga ronca. Com fome e sensação de ter comido apenas com os olhos, olha para cima e se pergunta: As mangas deste pé também são doces e suculentas. O mundo real também pode ser um mundo mágico depende apenas de minha visão.

Cantarolando e com lábios mergulhados no doce néctar da manga Cecília continua a sonhar... porém acordada!

Autor: Clodoaldo dos Santos Pereira

Data: 16-02-2011

Clodoaldo dos Santos Pereira
Enviado por Clodoaldo dos Santos Pereira em 17/02/2011
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T2797738
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