A Pequena Borboleta ( Republicação)
Lá ia a menininha,
Feliz a cantarolar,
Bate palma,
Um...dois...três!
Chegou a minha vez!
Ia correndo pelo bosque,
Seguindo borboletas,
A balançar seus braços,
Como se voasse entre elas.
Bate palma,
Um... dois... três!
Bor...bo...le...ta!
A vez é de vocês!
E ia feliz...
Seguia seu rumo,
Brincava, crescia,
Era uma criança sadia.
Passou-se o tempo.
Borboleta como era chamada,
Por gostar tanto deste inseto,
Adoeceu-se de um mal incerto,
Ali naquele vilarejo,
Borboleta era a mais bela,
Com trancinhas no cabelo,
Vestido de florzinhas,
Laços e fitas,
Rosto bem rosinha,
Uma linda donzela.
Todos se entristeceram,
Ao saber o que se passava,
A pequena borboleta,
Muito doente continuava.
Rezaram-se missas,
Vieram médicos da cidade,
Mas nada curava,
Aquela forte enfermidade.
Todos choravam,
Ela já não cantava,
E em volta da sua casa,
Várias borboletas pairavam.
Foram-se dias,
E ela não resistiu,
A pequena borboleta,
Daquela vida partiu.
Muitos choraram,
E muitos ainda contam o que aconteceu,
Desde que ela se foi,
Uma lenda ali nasceu.
Dizem que em seu enterro,
Quando iam baixar o caixão,
Uma forte luz veio,
Em meio à multidão.
O caixão se abriu sozinho,
E a luz se dissipou,
E onde havia o seu corpo,
Uma borboleta se postou.
Uma linda borboleta rosa,
A menina do vilarejo,
Que voa livre pelo ar,
Ao som daquele doce cantar.
Bate palma,
Um... dois... três!
Bor...bo...le...ta!
Chegou a minha vez!