Aninha e seu gatinho Batoré

Aninha mesmo antes de nascer já ganhou um gatinho.

Sua mãe, seu pai e sua avó materna, vinham de carro

por uma rua quase deserta, quando viram um gatinho

que parecia ter nascido há poucas horas, chorando !

Seu pai, mas que depressa , pegou o coitadinho e pôs

dentro do carro. Levaram para casa.

Sua avó lhe deu o nome de Batoré.

Enquanto Aninha crescia na barriga da mamãe, Batoré

crescia à sua espera.

Sua avó costurava seu mosquiteiro, e lá veio Batoré

querendo se aquecer no tule.

Sua mãe precisou fazer repouso, então Batoré, onde ela

deitava lá estava o gatinho deitado, em baixo da cama, em

baixo do sofá, esperando ela se levantar.

Aninha nasceu e o gatinho ficava do lado do berço ,em volta

do carrinho e aonde ela estivesse.

Quando a Aninha começou a falar, o gatinho parecia que estava esperando por este momento. Pois quando ela o chamou pela

primeira vez:

Batoé! Batoé! Ele pulou do muro da varanda e como estivesse

entendendo, ficou olhando nos olhinhos dela.

Ela esticava os bracinhos como que quisesse pega-lo no colo,

ele nunca tentou agredi-la !

Cresceram juntos. Mas infelizmente quando já ia completar dois

aninhos tiveram que levá-lo para outro dono, pois iam se mudar

para um apartamento e não podia ter gatinho lá.

E quando se mudaram, ela nem alcançava na janela mas ficava

chamando: Batoé! Batoé!

Sua avó muitas vezes até chorava, com dó dela, mas ele ficou bem com outros donos, porque talvez ele iria ficar preso no apartamento , e poderia adoecer.

A Aninha, que tinha sua família, sentiu falta do quintal!

A tia de sua mãe lhe deu um gatinho, feito com papel mache

igualzinho a cor do Batoré, ela gostou muito mas perguntava

sempre:

-por que ele não acorda e não mia mais!

Mas sua avó muito atenta e esperta lhe disse:

Ele só acorda quando você dorme ! Ela riu e acreditou e ficou feliz

sentia saudades, mas, sem traumas!

AD Mulher
Enviado por AD Mulher em 10/01/2011
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