RIBEIRÃO (uma memória da minha infância)
RIBEIRÃO (uma memória da minha infância)
Na beira do rio brincava e era feliz
Achando que era dono do meu nariz
Mesmo sendo um lugar proibido
Nas fugas eu não estava impedido
Via a rã que vive na margem do rio
E ela não achava que ali era tão frio
Caçava os magricelas dos mosquitos
Este era os seus destinos fortuitos
Na beirada os girinos barrigudos
Às vezes pareciam ser barbudos
E o rouxinol é puro musica
E esta na gaiola é triste suplica
Também havia um belo bem-te-vi
Gritando pousado no pé de caqui
E beija-flor é o belo artista
Bate a asa para a sua conquista
Nem se fala do tanto de andorinhas
Embaixo da ponte são as rainhas
E o peixe lambari vive para nadar
Ele apenas no rio fica a nadar
Esperando ser preso pelo garoto
Que brinca no rio sem esgoto
E a aranha linda faz bela teia
Mesmo nunca tido usado meia
E o vento por ali apenas dança
Refrescando o mundo da criança
André Zanarella 21-12-2010