Cachorro Malhado

Era uma vez

um cachorro malandro

chamado Orlando

pequeno e folgado

de corpo malhado.

Pois não é que o tal

não queria comer?

Seus donos já não sabiam

O que fazer...

Na tigela dourada

seu nome gravado.

Se chegava visita,

Comia tudo – o esganado.

Domingo era dia

de passear.

Com a bela coleira,

Lá ia Orlando

sem eira nem beira.

Na casa da esquina

morava o Carlão.

Tinha um cão feroz,

verdadeiro leão.

Orlando encarava a fera.

Não se intimidava.

Pelo contrário:

com latidos graves

até esnobava.

O cão se desesperava.

Orlando valente

atrás do portão

rosnava,

rosnava.

Domingo de sol.

Lá vai Orlando

pro seu passeio.

A fera da esquina

à espera,

sorrateiro.

Orlando valente

segue na frente.

Um dia, da caça

outro, do caçador.

O portão se abriu

e Orlando

dançou...