UM CANÁRIO CHAMADO GRIMALDI
Marquinho tinha um canário chamado Grimaldi que, por muitos anos, viveu preso. Um belo dia, quando Mar-quinho foi limpar a gaiola, ele aproveitou seu descuido e saiu voando na maior alegria.
Voou....voou....voou....até se ver bem longe daquela prisão, onde havia nascido.
Já era noite quando ele, já cansado, encontrou uma árvore frondosa, onde podia descansar sem ser visto. Logo adormeceu e começou a sonhar com as coisas que ele po-deria fazer daquele dia em diante.
As horas passaram e logo o nosso amigo Sol acordou e, com ele, os pássaros, que são sempre os primeiros a se despertarem.
Grimaldi procurou algo para comer, mas não encontrou com facilidade porque até o dia anterior, não havia enfrentado esse tipo de problema: procurar comida.
Voou até muito longe, e encontrou uma árvore carre-gada de mangas amarelinhas, maduras e cheirosas.
Como ele não conhecia nada, ficou com medo de comer alguma coisa venenosa. Deu uma bicadi-nha...outra...e logo viu um pássaro muito colorido que se aproximou e lhe disse que ele podia comer sem medo. Aquela era uma das frutas mais nutritivas daquele pomar.
Grimaldi não tinha nem idéia da maravilha que era a liberdade. Ele estava encantado com as matas, os rios e os pomares, onde encontrava as frutas fresquinhas e delicio-sas que agradavam a todo tipo de paladar.
Outra coisa que o maravilhou foi o mar, com todas aquelas ondas espumantes, onde as crianças gostavam de se banhar. Que diferença daquela banheirinha que tinha dentro da gaiola!
Depois de comer um bom pedaço daquela manga sa-borosa ele voou e só parou quando encontrou uma floresta.
Ele não sabia ainda, mas estava na floresta mágica. Lá, tudo podia acontecer e ele deu uma tremenda sorte porque a floresta inteira estava em festa.
Os animais estavam comemorando a paz no mundo animal. Todos agora eram amigos. O cachorro e o gato e-ram compadres: a gata e a rata eram sócias numa butique e Mimosa, uma gatinha muito bonita, muito paquerada pelos gatões do pedaço, havia feito as pazes com seu noivo, o Paulão, um gato que estudava medicina, para poder ajudar aos bichos que estivessem doentes.
A festa era de todos os animais, mas os peixinhos do rio Azul estavam muito aborrecidos porque não podiam participar da festa, que era longe do rio.
Nós temos que dar um jeito – falou um douradinho muito esperto chamado Arnaldo. Vou falar com a dona Fada e aposto que ela vai dar um jeito.
Telefona pra ela, cara! Não temos tempo a perder – disse Malhado, outro peixinho azul e amarelo.
Arnaldo pegou seu celular e discou: 333 333 333 000 000 000.
- Alô, quem está falando?
- Aqui é a fada Safada.
- Fada eu preciso de um favor seu.
- Claro, filhote, pode dizer.
- É que eu queria ir, com a minha turma, à festa da
Floresta Mágica, mas a festa vai ser longe do rio e, como nós não podemos viver fora d’água, vai ser impossível comparecermos. Nós gostaríamos que você fizesse uma mágica esperta e resolvesse esse pequeno problema.
Deixa comigo, Arnaldão. Impossível é uma palavra que não existe para mim – disse a fada Safada. O único problema é que a minha varinha mágica – aquela de ma-deira que você tão bem conhece – está cheia de cupim. Mas eu vou dar um jeitinho. Vou até a uma Loja America-na e compro uma de plástico mesmo. Para uma magicazi-nha dessas a de plástico mesmo serve.
- Pô, fada, você chama isso de magicazinha? Para
nós vai ser a maior mágica do mundo!
- Falou, Arnaldão. Vou providenciar para que o seu
problema seja resolvido o mais rápido possível.
A fada Safada pensou...pensou...e disse consigo mesma: Já sei. Vou dar um par de asas para cada peixe e eles vão se divertir pra caramba!
Na hora da festa lá estavam os peixinhos do Rio A-zul, achando o maior barato poderem voar de um lado para o outro.
Grimaldi, que estava só apreciando, ficou encantado quando viu os peixes voadores. Ele sempre ouvira dizer que os peixes só nadavam.
Logo começou a conversar com Arnaldo e soube que os peixinhos estavam voando graças a uma mágica da fada Safada.
- Será que eu também posso lhe pedir uma mágica?
- perguntou Grimaldi.
- Claro! Eu vou te apresentar a ela. Como é mesmo o
teu nome?
- Bom.. o nome que eu tinha, quando eu ainda estava
preso, era Grimaldi, mas agora eu quero mudar até de no-me para esquecer aquele tempo.
- Você esteve preso? Então você é um criminoso?
- Nãããão! Eu nasci no cativeiro porque meus pais já
estavam presos quando eu nasci.
- Ah...então eles é que eram criminosos? Vai ver que
eram assaltantes de banco.
- Não. Não é nada disso– disse Grimaldi. É que exis-
tem pessoas que gostam de ter bichos presos em gaiolas ou em aquários. Acho que é para enfeitarem suas casas.
- Corta essa, bicho! Enfeitar as suas casas com a
nossa prisão, com a nossa tristeza? Por que eles não pren-dem seus próprios filhotes em gaiolas e penduram? – Fa-lou uma borboleta que tudo ouvia.
- Isso eu não sei – disse Grimaldi. Só sei que o meu
dono, o Marquinho, é um menino muito bom e amigo e eu queria pedir à fada para transformá-lo em pássaro. Sei que ele vai adorar poder voar e, só assim, ele vai convencer os pais dele a soltarem todos os outros pássaros que eles têm presos.
- Aproveita então que a fada vem chegando – disse
alguém no meio da multidão que já estava se formando em volta de Grimaldi, o ex-prisioneiro.
- Fada, foi bom você chegar. O meu amigo Grimaldi
queria levar um papo com você – disse Arnaldo.
- Fala Grimaldi.
- É que eu queria que o meu amigo Marquinho se
transformasse em pássaro só por essa noite para poder vir à festa.
- Ta falado, amigão. Seu amigo vai estar aqui em
meia hora ou eu não me chamo fada Safada.
- Eu nem acredito que isso está acontecendo comigo
exclamou Grimaldi, na maior alegria!
À noite lá estava Marquinho transformado em bem-te-vi. Ele não cabia em si de contentamento. Estava mara-vilhado com as suas asas.
A festa foi o maior sucesso da floresta. No dia se-guinte o jornal da floresta só falava na organização, na be-leza, nos brigadeiros, nos salgadinhos e nas comidas deli-ciosas. Em letras grandes falava da gentileza com que os animais se tratavam. Todos estavam se dando muito bem, mostrando que, no mundo animal existia, realmente, a paz que todos desejavam.
Marquinho ficou muito feliz por rever Grimaldi e mais feliz ainda por poder voar.
No final da festa a tartaruga foi premiada como a me-lhor dançarina. Ela dançou rock a noite toda e estava até com dor nas cadeiras.
Os bichos não queriam ir para casa e acabavam dor-mindo em qualquer lugar, quando eram vencidos pelo can-saço.
No dia seguinte Marquinho acordou cansado, mas fe-liz por rever Grimaldi e por saber como era delicioso po-der voar. Tomou uma decisão: soltar todos os pássaros. Ele compreendeu que a liberdade é um bem muito precio-sos e todos temos direito de ser livres.
Agora, quando Marquinho quer ver os pássaros, ele vai à pracinha e leva miolo de pão ou alpiste para seus a-migos, que logo aparecem.
Você quer ajudar a encontrar um nome bem bonito para o Grimaldi? Ele quer um nome novo para esquecer seus tempos de prisioneiro.
Marquinho tinha um canário chamado Grimaldi que, por muitos anos, viveu preso. Um belo dia, quando Mar-quinho foi limpar a gaiola, ele aproveitou seu descuido e saiu voando na maior alegria.
Voou....voou....voou....até se ver bem longe daquela prisão, onde havia nascido.
Já era noite quando ele, já cansado, encontrou uma árvore frondosa, onde podia descansar sem ser visto. Logo adormeceu e começou a sonhar com as coisas que ele po-deria fazer daquele dia em diante.
As horas passaram e logo o nosso amigo Sol acordou e, com ele, os pássaros, que são sempre os primeiros a se despertarem.
Grimaldi procurou algo para comer, mas não encontrou com facilidade porque até o dia anterior, não havia enfrentado esse tipo de problema: procurar comida.
Voou até muito longe, e encontrou uma árvore carre-gada de mangas amarelinhas, maduras e cheirosas.
Como ele não conhecia nada, ficou com medo de comer alguma coisa venenosa. Deu uma bicadi-nha...outra...e logo viu um pássaro muito colorido que se aproximou e lhe disse que ele podia comer sem medo. Aquela era uma das frutas mais nutritivas daquele pomar.
Grimaldi não tinha nem idéia da maravilha que era a liberdade. Ele estava encantado com as matas, os rios e os pomares, onde encontrava as frutas fresquinhas e delicio-sas que agradavam a todo tipo de paladar.
Outra coisa que o maravilhou foi o mar, com todas aquelas ondas espumantes, onde as crianças gostavam de se banhar. Que diferença daquela banheirinha que tinha dentro da gaiola!
Depois de comer um bom pedaço daquela manga sa-borosa ele voou e só parou quando encontrou uma floresta.
Ele não sabia ainda, mas estava na floresta mágica. Lá, tudo podia acontecer e ele deu uma tremenda sorte porque a floresta inteira estava em festa.
Os animais estavam comemorando a paz no mundo animal. Todos agora eram amigos. O cachorro e o gato e-ram compadres: a gata e a rata eram sócias numa butique e Mimosa, uma gatinha muito bonita, muito paquerada pelos gatões do pedaço, havia feito as pazes com seu noivo, o Paulão, um gato que estudava medicina, para poder ajudar aos bichos que estivessem doentes.
A festa era de todos os animais, mas os peixinhos do rio Azul estavam muito aborrecidos porque não podiam participar da festa, que era longe do rio.
Nós temos que dar um jeito – falou um douradinho muito esperto chamado Arnaldo. Vou falar com a dona Fada e aposto que ela vai dar um jeito.
Telefona pra ela, cara! Não temos tempo a perder – disse Malhado, outro peixinho azul e amarelo.
Arnaldo pegou seu celular e discou: 333 333 333 000 000 000.
- Alô, quem está falando?
- Aqui é a fada Safada.
- Fada eu preciso de um favor seu.
- Claro, filhote, pode dizer.
- É que eu queria ir, com a minha turma, à festa da
Floresta Mágica, mas a festa vai ser longe do rio e, como nós não podemos viver fora d’água, vai ser impossível comparecermos. Nós gostaríamos que você fizesse uma mágica esperta e resolvesse esse pequeno problema.
Deixa comigo, Arnaldão. Impossível é uma palavra que não existe para mim – disse a fada Safada. O único problema é que a minha varinha mágica – aquela de ma-deira que você tão bem conhece – está cheia de cupim. Mas eu vou dar um jeitinho. Vou até a uma Loja America-na e compro uma de plástico mesmo. Para uma magicazi-nha dessas a de plástico mesmo serve.
- Pô, fada, você chama isso de magicazinha? Para
nós vai ser a maior mágica do mundo!
- Falou, Arnaldão. Vou providenciar para que o seu
problema seja resolvido o mais rápido possível.
A fada Safada pensou...pensou...e disse consigo mesma: Já sei. Vou dar um par de asas para cada peixe e eles vão se divertir pra caramba!
Na hora da festa lá estavam os peixinhos do Rio A-zul, achando o maior barato poderem voar de um lado para o outro.
Grimaldi, que estava só apreciando, ficou encantado quando viu os peixes voadores. Ele sempre ouvira dizer que os peixes só nadavam.
Logo começou a conversar com Arnaldo e soube que os peixinhos estavam voando graças a uma mágica da fada Safada.
- Será que eu também posso lhe pedir uma mágica?
- perguntou Grimaldi.
- Claro! Eu vou te apresentar a ela. Como é mesmo o
teu nome?
- Bom.. o nome que eu tinha, quando eu ainda estava
preso, era Grimaldi, mas agora eu quero mudar até de no-me para esquecer aquele tempo.
- Você esteve preso? Então você é um criminoso?
- Nãããão! Eu nasci no cativeiro porque meus pais já
estavam presos quando eu nasci.
- Ah...então eles é que eram criminosos? Vai ver que
eram assaltantes de banco.
- Não. Não é nada disso– disse Grimaldi. É que exis-
tem pessoas que gostam de ter bichos presos em gaiolas ou em aquários. Acho que é para enfeitarem suas casas.
- Corta essa, bicho! Enfeitar as suas casas com a
nossa prisão, com a nossa tristeza? Por que eles não pren-dem seus próprios filhotes em gaiolas e penduram? – Fa-lou uma borboleta que tudo ouvia.
- Isso eu não sei – disse Grimaldi. Só sei que o meu
dono, o Marquinho, é um menino muito bom e amigo e eu queria pedir à fada para transformá-lo em pássaro. Sei que ele vai adorar poder voar e, só assim, ele vai convencer os pais dele a soltarem todos os outros pássaros que eles têm presos.
- Aproveita então que a fada vem chegando – disse
alguém no meio da multidão que já estava se formando em volta de Grimaldi, o ex-prisioneiro.
- Fada, foi bom você chegar. O meu amigo Grimaldi
queria levar um papo com você – disse Arnaldo.
- Fala Grimaldi.
- É que eu queria que o meu amigo Marquinho se
transformasse em pássaro só por essa noite para poder vir à festa.
- Ta falado, amigão. Seu amigo vai estar aqui em
meia hora ou eu não me chamo fada Safada.
- Eu nem acredito que isso está acontecendo comigo
exclamou Grimaldi, na maior alegria!
À noite lá estava Marquinho transformado em bem-te-vi. Ele não cabia em si de contentamento. Estava mara-vilhado com as suas asas.
A festa foi o maior sucesso da floresta. No dia se-guinte o jornal da floresta só falava na organização, na be-leza, nos brigadeiros, nos salgadinhos e nas comidas deli-ciosas. Em letras grandes falava da gentileza com que os animais se tratavam. Todos estavam se dando muito bem, mostrando que, no mundo animal existia, realmente, a paz que todos desejavam.
Marquinho ficou muito feliz por rever Grimaldi e mais feliz ainda por poder voar.
No final da festa a tartaruga foi premiada como a me-lhor dançarina. Ela dançou rock a noite toda e estava até com dor nas cadeiras.
Os bichos não queriam ir para casa e acabavam dor-mindo em qualquer lugar, quando eram vencidos pelo can-saço.
No dia seguinte Marquinho acordou cansado, mas fe-liz por rever Grimaldi e por saber como era delicioso po-der voar. Tomou uma decisão: soltar todos os pássaros. Ele compreendeu que a liberdade é um bem muito precio-sos e todos temos direito de ser livres.
Agora, quando Marquinho quer ver os pássaros, ele vai à pracinha e leva miolo de pão ou alpiste para seus a-migos, que logo aparecem.
Você quer ajudar a encontrar um nome bem bonito para o Grimaldi? Ele quer um nome novo para esquecer seus tempos de prisioneiro.