Gira mundo, gira ciranda

As cadeiras são dispostas em roda

Ao redor sonham meninas com bodas

Ao som de uma cantiga irreverente

Que cessa para que uma a uma se sente

Uma por certo ficará sem seu lugar

Talvez não venha nunca a se casar

Amedronta outra vez a mesma cantiga

Aquela excluída, ganhará nova amiga

O sorriso no rosto não esconde o medo

Solidão do futuro que chega tão cedo

A vida de novo, se confunde em ciranda

Se apressam na vida, rodopia a varanda

Para quem não se apressa, não sobra cadeira

Seleta esteira, que roda daquela maneira

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 27/11/2010
Reeditado em 27/11/2010
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