UM MENINO SAPECA E UM SAPO DE CUECA (Histórias Rimadas)

Uma agradável e divertida caricatura de minha família. É delicioso ver meu filho sorrindo ao ouvir essas rimas travessas.

Espero que vc também se divirta!!!

UM MENINO SAPECA E UM SAPO DE CUECA

Era uma vez...

uma, duas, três...

Três pessoas engraçadinhas

que moravam em uma casinha,

bem assim pequenininha.

O maior era o papai.

Ele tinha um vozeirão,

o olho azulão

e um belo narigão

A mamãe era bem baixinha,

mas não era a menorzinha.

Tinha um rosto enferrujado

e um cabelo enrolado

que crescia pra todo lado.

O terceiro, era um tiquinho de gente

de cabelos amarelados,

um nariz arredondado

e olhos esverdeados.

E bem lá no fundo do quintal da casinha pequenininha, morava um sapo.

Um sapo daqueles cinzentos e gorduchinhos que a gente sempre encontra em dia de chuva.

O tiquinho de gente se encantou com o sapo

e todo dia ia pro quintal,

bater com ele um papo.

O sapo, é claro, nunca respondia.

Ficava ali no canto dia e noite, noite e dia.

Papo vai, papo vem, e o tiquinho de gente

começou a ter uma idéia:

Resolveu que dali para frente

aquele sapo guloso seria seu bicho de estimação.

Deu-lhe então um nome:

SAPO SEBASTIÃO

O tempo passou.

O papo continuou.

Veio então um frio danado,

um menino cheio de roupa e um sapo sempre pelado.

O tiquinho de gente achou aquilo muito injusto.

Resolveu dar um jeito na situação!

Chamou sua vovozinha

e pediu a ela então

que fizesse uma cueca

para o sapo Tião.

Mas o que vocês não sabem,

é que aquela vovozinha

era mesmo maluquinha.

Ao invés de uma cueca

costurou foi uma calcinha.

UMA CALCINHA DE RENDINHA!!!

Ai... ai... ai... ai... ai...

Pensou o tiquinho de gente.

Mas resolveu não falar nada

Com sua avó aluada.

Com a calcinha na mão

Foi aprontar a confusão.

Bem no meio do quintal

vestiu o sapo Tião.

O sapo coitado

Logo se sentiu apertado

Naquele pano rosado,

E saiu todo agitado

saltando pra todo lado.

Pulava daqui,

Pulava dali,

Derrubando tudo pelo caminho.

O tiquinho de gente

Tentou agarrar o sapo.

Mas só o que conseguiu

foi alcançar a rendinha

Daquela apertada calcinha.

A mãe muito preocupada

Mas também muito atrapalhada

Tentou ajudar o menino.

Espichou a sua mão,

Mas só agarrou o calção.

O pai já muito zangado

com aquela confusão

viu que não tinha mais jeito.

Estendeu os braços compridos

e deu na mãe um puxão.

Plaft... ploft... pluft...

Todo mundo foi ao chão.

E bem no meio do quintal...

Um menino empoeirado

olhava todo espantado

um sapo esperto

fugindo pelado.

Enquanto que a mamãe e o papai

riam adoidado

de seu filho sapeca

que um dia quis ver o sapo

usando uma cueca!

Cristiane Muniz
Enviado por Cristiane Muniz em 27/10/2010
Reeditado em 22/07/2011
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