CONSERTO DESCONSERTANTE
Havia um piano na sala
Stava, estava por lá
Stivim dormia ao seu lado
Um gato muito folgado!
Uma lua brilhante no céu
Era uma noite encantada
Atravessando a janela da sala
Que ficou assim prateada!
Nada ali se movia
Era total calmaria
Era uma noite tranqüila
Minha alma dizia!
Stivim talvez inspirado
Num arroubo de amor
Sentou-se ao piano...
Um pianista e cantor?
Ouvi a sinfonia
Atravessei o corredor
E ali no cantinho da sala
Stivim era só esplendor!
Um raio doce da lua
Iluminava aquela sena
Stava meio confusa
Caminhava leve como uma pena!
Uma mistura de acordes
Graves e sustenidos
Stivim sobre o piano
Alguns sons espremidos!
Stava olhava de longe
O conserto não tinha fim
Talvez ela se perguntasse
Tudo isso é pra mim?
E como se não bastasse
Stivim miava bem alto
E quando eu cheguei
Os tomei de assalto!
Luiza de Jesus