MENINA TIRADA DOS GIBIS
(Para minha filha Stephanie, “quase” adolescente)
.
Pela janelinha dos dentes de minha filha de 10 anos, assisto flashes de minha vida. Às vezes em preto e branco, às vezes colorida.
Durante “todos” esses “poucos” anos, contei-lhe estórias da imaginação, dos livros, de filmes, dos gibis eles são os mesmos que na sua idade eu costumava trocar lá na esquina e depois devolvia. Hoje posso comprar pra ela, a coleção que eu sempre quis pra mim... Até a Turma da Mônica cresceu!
Meus dias são pesarosos, rançosos, mas é chegada a hora mais feliz... A hora de dormir.
É o horário que ela chega, bem devagarzinho, trazendo, debaixo do braço, o tal gibi escolhido e já pede, acendendo a luz, se eu quero uma estorinha (como se eu tivesse outra opção).
Respiro fundo, afasto a tristeza e o cansaço do dia, coloco a lágrima sobre a mesa para também assistir e desato a sorrir, trazendo-a para meus braços.
Enquanto divago, viajo pelas cores, ela narra, interpreta canta, dança e ao invés de uma , conta duas ou três. Em sua inocência, nem sabe o flashback que acontece ali...
Discorre num português fluente as tais maravilhas do gibi. Para de ler várias vezes para perguntar uma coisa cá outra acolá... sou seu dicionário ambulante, como ela mesma diz.
Depois começa a bocejar e vai dormir...satisfeita, enfim. Mal sabe ela que viagens eu fiz ali.
Aproveito para pegar a lágrima que ficou do lado, devolvo aos olhos e tranco-a pra desaguar em um próximo dia. Afinal não conheço outra criança que abre a janelinha e lê, na beirada da cama, para a mãe ser feliz...
(Para minha filha Stephanie, “quase” adolescente)
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Pela janelinha dos dentes de minha filha de 10 anos, assisto flashes de minha vida. Às vezes em preto e branco, às vezes colorida.
Durante “todos” esses “poucos” anos, contei-lhe estórias da imaginação, dos livros, de filmes, dos gibis eles são os mesmos que na sua idade eu costumava trocar lá na esquina e depois devolvia. Hoje posso comprar pra ela, a coleção que eu sempre quis pra mim... Até a Turma da Mônica cresceu!
Meus dias são pesarosos, rançosos, mas é chegada a hora mais feliz... A hora de dormir.
É o horário que ela chega, bem devagarzinho, trazendo, debaixo do braço, o tal gibi escolhido e já pede, acendendo a luz, se eu quero uma estorinha (como se eu tivesse outra opção).
Respiro fundo, afasto a tristeza e o cansaço do dia, coloco a lágrima sobre a mesa para também assistir e desato a sorrir, trazendo-a para meus braços.
Enquanto divago, viajo pelas cores, ela narra, interpreta canta, dança e ao invés de uma , conta duas ou três. Em sua inocência, nem sabe o flashback que acontece ali...
Discorre num português fluente as tais maravilhas do gibi. Para de ler várias vezes para perguntar uma coisa cá outra acolá... sou seu dicionário ambulante, como ela mesma diz.
Depois começa a bocejar e vai dormir...satisfeita, enfim. Mal sabe ela que viagens eu fiz ali.
Aproveito para pegar a lágrima que ficou do lado, devolvo aos olhos e tranco-a pra desaguar em um próximo dia. Afinal não conheço outra criança que abre a janelinha e lê, na beirada da cama, para a mãe ser feliz...