Panda


Aquele coelhinho, Panda,
Que eu ganhei no mês de abril,
Vivia em minha varanda
― Sei que nunca sentiu frio...

Tinha uma carinha branda,
Um pelo preto e macio;
Se eu voltava da quitanda,
Conhecia o assobio!

Quando eu chegava, à tardinha,
Chamava e ele conhecia.
Pro meu lado logo vinha;
Era a festa do meu dia.

Aquele coelhinho Panda,
Que eu tanto estimei um dia,
Os meus sonhos sempre encanta,
Quando eu penso o que é alegria.

Se o meu sonho ele comanda,
Porque nunca me feriu,
A saudade é uma dor branda,
―Mas  me causa um arrepio.


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