A Fadinha Azul
A Fadinha Azul
Jorge Linhaça
Tempos atrás eu segui um ponto brilhante de luz
que voava em meu jardim...era uma luz azul, estranha,diferente da dos pirilampos.
Voava entre as flores ao anoitecer, num zig-zag veloz.
Subia alguns metros e descia...era do tamanho de um beija-flor. Às vezes parava no ar, por alguns segundos, como se procurasse por alguma coisa.
Finalmente foi pousar numa flor de lírio e começou a diminuir de intensidade.
Aproximei-me devagarinho, pé ante pé, procurando não fazer barulho e nem nenhum movimento brusco.
Quando consegui olhar para dentro da flor de lírio,deparei-me com um pequeno ser com asinhas transparentes como a das libélulas.
Parecia uma miniatura de gente, recostada sobre as pétalas da flor.
Quando me percebeu ali, a observá-la, ficou meio surpresa mas não fez menção de fugir. Voou para perto de meu rosto e fitou-me docemente deixando-me meio vesgo para poder contemplá-la ali pertinho do meu nariz.
Eu mal respirava por medo de assustar a pequena fada azul.
Falou-me numa voz fininha de fada:
- Quer dizer que você pode me ver...que coisa rara...você é muito maior que as crianças que conheço.
Respondi, falando baixinho,para não assutá-la:
-Há muito que não sou criança, ao menos na idade...
_ Então deves ser poeta
- Sim, isso é uma verdade
_Só poetas e crianças, podem nós, as fadas, ver,
pois, quando se cresce esquece-se, de na magia já crer.
- O que faz você aqui? Por que teu brilho é azul?
Perguntei para a fadinha, curioso como o quê.
- Sou a fada dos jardins, viajo de norte a sul,
sou como a tua poesia, pousando aqui e acolá,
e quem tem olhos pra ver, por certo me há de encontrar.
E dito isso, a fadinha veio pousar na minha mão
recostou-se bem quietinha, adormecendo então.
Quando já raiava o dia, a fadinha despertou, deu-me um beijo de bom dia e pra outro canto voou.
Deixou-me todo o encanto desse encontro casual
ensinou-me que a poesia, como as fadas, é imortal.
Sempre há quem possa ver, com os olhos do coração e nas fadas e poesias encontrar a emoção.
Arandú, 31 de maio de 2010
15:09
Contatos com o autor:
anjo.loyro@gmail.com
A Fadinha Azul
Jorge Linhaça
Tempos atrás eu segui um ponto brilhante de luz
que voava em meu jardim...era uma luz azul, estranha,diferente da dos pirilampos.
Voava entre as flores ao anoitecer, num zig-zag veloz.
Subia alguns metros e descia...era do tamanho de um beija-flor. Às vezes parava no ar, por alguns segundos, como se procurasse por alguma coisa.
Finalmente foi pousar numa flor de lírio e começou a diminuir de intensidade.
Aproximei-me devagarinho, pé ante pé, procurando não fazer barulho e nem nenhum movimento brusco.
Quando consegui olhar para dentro da flor de lírio,deparei-me com um pequeno ser com asinhas transparentes como a das libélulas.
Parecia uma miniatura de gente, recostada sobre as pétalas da flor.
Quando me percebeu ali, a observá-la, ficou meio surpresa mas não fez menção de fugir. Voou para perto de meu rosto e fitou-me docemente deixando-me meio vesgo para poder contemplá-la ali pertinho do meu nariz.
Eu mal respirava por medo de assustar a pequena fada azul.
Falou-me numa voz fininha de fada:
- Quer dizer que você pode me ver...que coisa rara...você é muito maior que as crianças que conheço.
Respondi, falando baixinho,para não assutá-la:
-Há muito que não sou criança, ao menos na idade...
_ Então deves ser poeta
- Sim, isso é uma verdade
_Só poetas e crianças, podem nós, as fadas, ver,
pois, quando se cresce esquece-se, de na magia já crer.
- O que faz você aqui? Por que teu brilho é azul?
Perguntei para a fadinha, curioso como o quê.
- Sou a fada dos jardins, viajo de norte a sul,
sou como a tua poesia, pousando aqui e acolá,
e quem tem olhos pra ver, por certo me há de encontrar.
E dito isso, a fadinha veio pousar na minha mão
recostou-se bem quietinha, adormecendo então.
Quando já raiava o dia, a fadinha despertou, deu-me um beijo de bom dia e pra outro canto voou.
Deixou-me todo o encanto desse encontro casual
ensinou-me que a poesia, como as fadas, é imortal.
Sempre há quem possa ver, com os olhos do coração e nas fadas e poesias encontrar a emoção.
Arandú, 31 de maio de 2010
15:09
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anjo.loyro@gmail.com