MARINA E A JOANINHA

Maria de Fatima Delfina de Moraes

Marina encantou-se com as flores do jardim.

Entre elas, seu olhar castanho e seus cabelos negros reluziam sob o sol.

Amuada por alguma coisa, espalhava as pequeninas mãos, como que tivesse perdido algo no jardim.

Carinha sisuda para seus quatro anos de idade.

E de repente, estende as mãozinhas e dá um largo sorriso de quem encontrou o que procurava.

E eis que na margarida cor de leite, mais distante, foi pousar a joaninha.

Tentou alcançá-la, mas ao debruçar-se sobre o canteiro, foi ao chão.

Corre para a mãe e em prantos, aponta o joelho machucado.

Ainda assim, entre soluços e lágrimas, pede:
- Pega a ”borleta” pra mim, pega!

Todos correm ao jardim, fingindo tentar alcançar a pobre joaninha, que até de borboleta foi chamada por Marina.

A mãe tentando consolar a menina exclama:
- Voou! Foi pra longe! Estava perdida. Foi procurar a mamãe dela.

E a menina desolada, pergunta:
- Amanhã você dá mamãe, uma “borleta” pra mim?


Rio de Janeiro - Brasil

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 21/05/2010
Reeditado em 26/03/2022
Código do texto: T2271170
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