Dona Vassoura e Dona Poeira
(publicado em Maputo : Coopimagem, 1996. 15 p. Col. Circo da Paz, Colecção Mbeu)
Dona Vassoura era muito arrumada. Ela estava sempre a varrer e a limpar. Ela percorria todos os cantos da casa.
Dona vassoura não gostava nada de encontrar coisas fora do lugar e começava logo a por tudo em ordem.
Só quando tudo estava limpo e arrumado a Dona Vassoura pensava em descansar.
A grande inimiga da Dona Vassoura era a Dona Poeira.
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A Dona Poeira é realmente descarada. Ela entra em qualquer lugar sem pedir licença, espalha-se por todo o lado sem a mínima educação. Ela deita-se no chão, ela acomoda-se nas cadeiras, vai dormir no cimo dos armários, como se tudo fosse dela...
A Dona Vassoura passa a vida a correr atrás da Dona Poeira e a atirar com ela para fora da sua casa.
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Mas, Dona Poeira, logo que a Dona Vassoura volta as costas, entra e esconde-se nos locais mais escuros e altos: debaixo da cama, no cimo do armário mais alto... Bem escondida a Dona Poeira espera pela noite.
Durante a noite a Dona Poeira sai e começa a fazer cócegas no nariz da Dona Vassoura que acorda a espirrar e a fungar ela fica furiosa. A Dona Vassoura sabe que a Dona Poeira está escondida em qualquer lado.
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No dia seguinte a Dona Vassoura chama os seus amigos, o Pano do Pó e a Escova para se juntarem a ela na batalha contra a Dona Poeira.
Também o Pano do Pó e a Escova não gostam da Dona Poeira e os seus modos malcriados
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O Pano do Pó vai para cima de todos os armários altos e atira com a Dona Poeira para o chão onde a Dona Vassoura espera... A Escova entra debaixo de todos os móveis e expulsa dali a Dona Poeira.
Mas, logo que se distraem a Dona Poeira volta de novo só para os irritar. De qualquer modo a Dona Vassoura e os seus amigos não desistem... É uma luta sem fim!
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Há quem diga que se a Dona Poeira não vem um dia, a Dona Vassoura e os seus amigos ficam muito tristes porque não têm mais nada para fazer!