O ELEFANTE REI E A PROFECIA
(Hull de La Fuente)
Numa floresta distante
Num reino de fantasia
Havia um rei elefante
Que era uma simpatia.
Seu nome era Humaiuma
Por todos era adorado
O reino de Guaxiúma
Era um mundo encantado.
Humaiuma se vestia
Com mantas bem trabalhadas
Que seu porte enriquecia
Pois com pedras eram bordadas.
No reino todos viviam
Com alegria e prazer
Mas de outros reinos traziam
A água pra se beber.
Até que não foi possível
A água pura chegar
Pois uma seca terrível
Estava o mundo a assolar.
Havia uma profecia
Que ao rei era destinada
E que sua gente temia
Fosse um dia executada.
Mas a seca não passava
E o reino estava queimando
E ao bom rei só restava
Pra o sacrifício ir adando.
Pra acabar com a secura
Na cratera saltaria,
Parecia uma loucura
Mas seu país salvaria.
No alto de um vulcão
Ele subiu destemido
Mas ouviu-se um trovão
E uma voz como um gemido.
"Eu te vi obedecer
Ao preceito tão antigo
Não vais precisar morrer
O bom Deus está contigo".
E a partir daquela hora
Choveu dias sem parar
E no lindo reino agora
Tem água até pra exportar.
Humaiuma se casou
Prossegue sua dinastia,
Mas o que mais o alegrou
Foi o fim da profecia.
Meu amigo Catulo deixou-me estes versos, como sempre, muito queridos.
Arriuní as criança
Daqui du meiu da róça
arricitei a puesia
De tu, ó minina-môça!
A mulecáda dorôu
a veiaráda gostou
I mecê agóra é só nossa!
Parmas prá mecê, minina!
Catulo