O ELEFANTE REI E A PROFECIA


(Hull de La Fuente)


Numa floresta distante
Num reino de fantasia
Havia um rei elefante
Que era uma simpatia.
 
Seu nome era Humaiuma
Por todos era adorado
O reino de Guaxiúma
Era um mundo encantado.
 
Humaiuma se vestia
Com mantas bem trabalhadas
Que seu porte enriquecia
Pois com pedras eram bordadas.
 
No reino todos viviam
Com alegria e prazer
Mas de outros reinos traziam
A água pra se beber.
 
Até que não foi possível
A água pura chegar
Pois uma seca terrível
Estava o mundo a assolar.

Havia uma profecia
Que ao rei era destinada
E que sua gente temia
Fosse um dia executada.
 
Mas a seca não passava
E o reino estava queimando
E ao bom rei só restava
Pra o sacrifício ir adando.
 

Pra acabar com a secura
Na cratera saltaria,
Parecia uma loucura
Mas seu país salvaria.


No alto de um vulcão
Ele subiu destemido
Mas ouviu-se  um trovão
E uma voz como um gemido.
 
"Eu te vi  obedecer
Ao preceito tão antigo
Não vais precisar morrer
O bom Deus está contigo".
 
E a partir daquela hora
Choveu dias sem parar
E no lindo reino agora
Tem água até pra exportar.
 
Humaiuma se casou
Prossegue sua dinastia,
Mas o que mais o alegrou
Foi o fim da profecia.
 
 
 
 
 

Meu amigo Catulo deixou-me estes versos, como sempre, muito queridos.

Arriuní as criança
Daqui du meiu da róça
arricitei a puesia
De tu, ó minina-môça!
A mulecáda dorôu
a veiaráda gostou
I mecê agóra é só nossa!
 
Parmas prá mecê, minina!

Catulo


 
Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 25/04/2010
Reeditado em 24/11/2015
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