O BURRO ENCANTADO
 


 
Havia na idade média
Um burro, um velho e um menino
Viviam para a comédia,
Dos três era o destino.
 
Ocorre que o burro era
Um grande rei encantado
Casara com a bruxa Hera
E foi por ela enfeitiçado.
 
De idade era antigo,
Talvez uns trezentos anos,
Recebera tal castigo
Por não aceitar enganos.

O velho ogro Rosendo
E seu Filho Anacleto,
Viviam o mundo correndo
Com o burro-rei, discreto.
 
Pai e filho ignoravam
Do burro, a vera história,
Mas sempre dele cuidavam
Em suas longas trajetórias.
 
Mas um dia eles chegaram
No país do burro-rei,
Quando guardas os interpelaram
Por causa de uma velha lei.
 
Naquele reino não havia
Nenhum burro, não senhor,
Pois a velha lei dizia:
Que eles eram um terror.
 
Mas depois de tanto tempo,
Tantos anos transcorridos,
O encanto perdeu alento
Tudo ao rei foi devolvido.
 
Rosendo e Anacleto
Viram junto com os guardas
O burro com manto e cetro
Explicar coisas passadas.
 
A bruxa virou fumaça
E o rei voltou a ser gente
Acabou-se a ameaça
E o reino viveu contente.
 
E assim termina a história
Contou-lhe o pinto xadrêz,
Se o leitor tem boa memória
Conte essa história outra vêz.
 
 
 
Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 20/02/2010
Código do texto: T2097037
Classificação de conteúdo: seguro