POEMA DAS FRUTAS - 2
2
Verde eu não presto e ninguém assim gosta
Macacos me adoram e pessoas deliram,
Na feira estou em pencas à mostra,
Passarinhos afoitos com bicos me bicam,
Furando a casca e minha popa exposta,
E bem “madurinha” a frigideira me tosta,
Pareço salsicha meio torta e grossa,
Mas eu sou humilde e só vivo na roça,
Eu sou devorada por pobre ou bacana,
E assim sou querida e por isso sou prosa,
Então muito prazer: eu sou uma banana...