AVENTURAS DE POETA
E mais uma vez ele partiu para uma deliciosa aventura. É sempre assim, ele não tem hora nem lugar para se aventurar. Tem nas mãos tudo que precisa: lápis e papel.
De olhos fechados ele atravessa o portal da sua imaginação. Em seguida desliza o lápis sobre o papel e as letras vão criando formas e movimentos. E conforme vão se formando as palavras ele vai se tornando rei e senhor do seu mundo. Mundo esse em que as idéias brotam como as flores das lindas manhas de primavera.
Nessa linda aventura, onde as rosas enchem o mar, uma só rosa pode ferir; onde o olhar que leva as profundezas do oceano, também resgata os brilhos das estrelas; onde a boca cujo sorriso é o sol pode sair uma espada afiada; onde o mar forte, bravio, causador de tempestade é fragilizado pelas lágrimas. Ele é fortalecido no seio da santa mãe inspiração.
E o nosso aventureiro monta no lombo de uma águia e cavalga rumo ao infinito, talvez em busca de respostas que ele já sabe. Ao retornar ele faz reverências à lua e recebe as asas de um anjo. E só aterriza quando chega no ponto final. E mais uma vez ele é imortalizado na arte da poesia.