Era uma vez, um galo metido a besta, gostava de esnobar o resto da criação da casa, havia um grande viveiro de aves, e outro de pássaros. Um casal de papagaio no poleiro que não parava de imitar os bichos do quintal, tudo repetia...
O galo foi puxar prosa com o pavão:
Ei pavão por que você é tão solitário?
Não têm filhotes, nem companheira, apesar da sua beleza?
Oras me deixe em paz galo metido!
__Epa, não me trate assim...
_Ta bom, diga o que quer saber...
- Veja o meu caso... eu sou o dono do terreiro, veja quantas galinhas atrás de mim, se oferecendo e veja a minha procriação, um monte de pintinhos...Acho que é por causa do meu co-có-ri-có, por que você também não faz co-có-ri-có?
O que você acha?
-É claro que não, Quem faz isso é galo, o meu charme é diferente, abro a minha belíssima cauda, quando quero conquistar a pavoa, mas não tem nenhuma por aqui, vou me mostrar pra quem?
Para tuas galinhas?
_Êpa! Pode parar viu?
__Ah então me deixa aqui sossegado.
O papagaio vendo os dois discutir,tratou logo de soltar uma gracinha, disse:
__Ei vocês dois ai, nem sabe conquistar a fêmea, olha como se faz, presta atenção, aprendi a conquistar com minhas palavras que aprendi com os humanos, que ver? É fatal o resultado.
Foi cochichar no ouvido da papagaia, ela deu-lhe umas bicadas no traseiro do papagaio, que ele ficou sem a calda, depenado.
Nisso o galo e o pavão achou tanta graça que o galo cocoricou, o pavão abriu a cauda, e para espanto de todos, o dono da bicharada trouxe a fêmea do pavão e os dois foram felizes para sempre . O galo? O galo parou de implicar com o pavão.
Autora: Dora Duarte
O galo e o pavão (conto infantil)