O LIVRO MÁGICO
Menino esperto este Ivan! Energia incrível.
Joga futebol. Nada como um peixe! Solta pipas com os amiguinhos. Anda de bicicleta. Inventa mil brincadeiras.
A vida para ele é uma festa!
Quando bate a fome , ninguém o segura - tem apetite de leão!
Aí , Ivan corre azucrinar a pobre da Amelinha (a incansável ajudante dos afazeres do lar):
- Ameliiinha! Ameliiinha! Estou com fome! Cadê minha comida?
Amelinha faz uns pratos deliciosos que são de dar água na boca!
- Hum! Hummmm! Que delícia...
Ivan adora brincar com os joguinhos de computador.
Mas, quando é hora de estudar?!... Inventa mil e uma desculpas.
Se tem que ler um livro, o bicho pega! Ele enrola, enrola... não gosta nem um pouquinho de ler.
Só quer saber de brincar.
Dias destes, entrou correndo na biblioteca do avô, atrás de uma bola fugitiva, quando... CRASH!!!
A bola ligeira e esperta ricocheteou, bateu na parede e veio com tudo sobre a estante de vidro...
Além dos cacos , diversos livros se espalharam pelo assoalho.
Entre eles, havia um, de capa marrom, “muiiito” especial ...
- Tinha o poder de transportar as pessoas, que o abriam, para um lugar qualquer, dos quatro cantos do mundo.
Era um Livro Mágico!!
Quando caiu no chão, abriu-se ao meio..
De dentro dele começou a jorrar uma luz intensa... que foi se concentrando numa força luminosa, girando, girando ...
e, feito um redemoinho enlouquecido, atraiu o menino para dentro dele num – Vapt Vupt!
Assustado, sem ter tempo para fugir, fechou bem forte os olhos.
Quando os abriu, surpreendentemente, viu - se perdido numa densa Floresta Tropical, em algum canto do mundo...
- Uau ! Que árvores gigantescas!
Em seus vãos caiam longos cipós, por onde uns macaquinhos se atiravam de galho em galho. Brincadeira contagiante!
Ivan não acreditava nesta cena!
Eram macacos-aranha !
Moviam-se com rapidez entre os ramos das árvores, dando gritos de satisfação que soavam como latidos.
Logo mais, surgiram uns indiozinhos arrastando uma grande Onça - Pintada, amarrada com cipós...
O menino arregalou os olhos e beliscava-se sem parar.
- Será que estou sonhando?
Adiante, avistou um rio.
Era tão grande que mais parecia um braço de mar!
Nunca tinha visto tanta água assim...
Encantou-se com as enormes flores que deslizavam sobre elas:
- Vitórias-Régias? Que Maravilha!!!
Rio abaixo, as águas avolumavam-se formando cascatas.
Nas espumas branquinhas os raios do sol refletiam um maravilhoso e colorido Arco- Íris!
Ivan ficou extasiado!
Mas, bem ali, na margem do grande rio, surgiu um jacaré , enorme e faminto, que vinha lentamente em sua direção.
- Uai !!! Como vou sair desta?
Sentiu um calafrio na boca do estômago.
Neste instante, uma linda indiazinha, segurando-se num cipó muito longo, voou rente a ele segurando-o forte.
E os dois foram parar na outra margem do rio.
O garoto ficou aliviado... e muito feliz com este encontro inesperado.
Mas, surpreendeu-se quando não avistou uma árvore sequer deste lado do rio.
- Onde estão as árvores? Perguntou , angustiado, para sua mais nova coleguinha.
A menina, com os olhos marejados, entre soluços, balbuciou:
- Uns homens com motosserras as cortaram .
- Aqui está parecendo um deserto! Que tristeza! É de doer o coração.
E o menino chorou ...
pelas árvores cortadas,
pelos animais desabrigados,
pela Natureza destruída ...
De repente , ouviu uma voz conhecida a chamá-lo:
- Ivan, Ivan!
Como num passe de mágica, viu-se de novo na biblioteca. Era o avô que o estava procurando. E o menino deu um abraço forte nele.
Já com saudades das aventuras que acabara de viver, pediu, quase suplicante:
- Vovô, me empresta um livro sobre a Floresta Amazônica?
Deste dia em diante, Ivan tomou gosto pela leitura, encontrando em cada livro – novo mundo de encantamento!
Além do mais, tornou-se amigo e grande defensor da Natureza !
Maria Emília Leitão Medeiros Redi
Menino esperto este Ivan! Energia incrível.
Joga futebol. Nada como um peixe! Solta pipas com os amiguinhos. Anda de bicicleta. Inventa mil brincadeiras.
A vida para ele é uma festa!
Quando bate a fome , ninguém o segura - tem apetite de leão!
Aí , Ivan corre azucrinar a pobre da Amelinha (a incansável ajudante dos afazeres do lar):
- Ameliiinha! Ameliiinha! Estou com fome! Cadê minha comida?
Amelinha faz uns pratos deliciosos que são de dar água na boca!
- Hum! Hummmm! Que delícia...
Ivan adora brincar com os joguinhos de computador.
Mas, quando é hora de estudar?!... Inventa mil e uma desculpas.
Se tem que ler um livro, o bicho pega! Ele enrola, enrola... não gosta nem um pouquinho de ler.
Só quer saber de brincar.
Dias destes, entrou correndo na biblioteca do avô, atrás de uma bola fugitiva, quando... CRASH!!!
A bola ligeira e esperta ricocheteou, bateu na parede e veio com tudo sobre a estante de vidro...
Além dos cacos , diversos livros se espalharam pelo assoalho.
Entre eles, havia um, de capa marrom, “muiiito” especial ...
- Tinha o poder de transportar as pessoas, que o abriam, para um lugar qualquer, dos quatro cantos do mundo.
Era um Livro Mágico!!
Quando caiu no chão, abriu-se ao meio..
De dentro dele começou a jorrar uma luz intensa... que foi se concentrando numa força luminosa, girando, girando ...
e, feito um redemoinho enlouquecido, atraiu o menino para dentro dele num – Vapt Vupt!
Assustado, sem ter tempo para fugir, fechou bem forte os olhos.
Quando os abriu, surpreendentemente, viu - se perdido numa densa Floresta Tropical, em algum canto do mundo...
- Uau ! Que árvores gigantescas!
Em seus vãos caiam longos cipós, por onde uns macaquinhos se atiravam de galho em galho. Brincadeira contagiante!
Ivan não acreditava nesta cena!
Eram macacos-aranha !
Moviam-se com rapidez entre os ramos das árvores, dando gritos de satisfação que soavam como latidos.
Logo mais, surgiram uns indiozinhos arrastando uma grande Onça - Pintada, amarrada com cipós...
O menino arregalou os olhos e beliscava-se sem parar.
- Será que estou sonhando?
Adiante, avistou um rio.
Era tão grande que mais parecia um braço de mar!
Nunca tinha visto tanta água assim...
Encantou-se com as enormes flores que deslizavam sobre elas:
- Vitórias-Régias? Que Maravilha!!!
Rio abaixo, as águas avolumavam-se formando cascatas.
Nas espumas branquinhas os raios do sol refletiam um maravilhoso e colorido Arco- Íris!
Ivan ficou extasiado!
Mas, bem ali, na margem do grande rio, surgiu um jacaré , enorme e faminto, que vinha lentamente em sua direção.
- Uai !!! Como vou sair desta?
Sentiu um calafrio na boca do estômago.
Neste instante, uma linda indiazinha, segurando-se num cipó muito longo, voou rente a ele segurando-o forte.
E os dois foram parar na outra margem do rio.
O garoto ficou aliviado... e muito feliz com este encontro inesperado.
Mas, surpreendeu-se quando não avistou uma árvore sequer deste lado do rio.
- Onde estão as árvores? Perguntou , angustiado, para sua mais nova coleguinha.
A menina, com os olhos marejados, entre soluços, balbuciou:
- Uns homens com motosserras as cortaram .
- Aqui está parecendo um deserto! Que tristeza! É de doer o coração.
E o menino chorou ...
pelas árvores cortadas,
pelos animais desabrigados,
pela Natureza destruída ...
De repente , ouviu uma voz conhecida a chamá-lo:
- Ivan, Ivan!
Como num passe de mágica, viu-se de novo na biblioteca. Era o avô que o estava procurando. E o menino deu um abraço forte nele.
Já com saudades das aventuras que acabara de viver, pediu, quase suplicante:
- Vovô, me empresta um livro sobre a Floresta Amazônica?
Deste dia em diante, Ivan tomou gosto pela leitura, encontrando em cada livro – novo mundo de encantamento!
Além do mais, tornou-se amigo e grande defensor da Natureza !
Maria Emília Leitão Medeiros Redi