NOVE A ZERO, ZERO A NOVE

Não existe quem reprove

Quando vou de zero a nove

E assim também espero

Quando vou de nove a zero.

Pingo d’água quando chove

Molha um e molha nove.

Vezes dois já dá dezoito

Tira dez e fica oito.

Penteando o topete

Com beleza estou no sete.

Desafio a vocês

Enfeitar agora o seis.

De verdade eu não minto,

Quando chego aqui no cinco.

É bonito este retrato

Nele tá pintado o quatro.

Mês passado e este mês

Com mais um já soma três.

E não deixo pra depois

Um convite pra nós dois:

Vem dançar o olodum

Esse ritmo ou qualquer um

E ficar de lero-lero

Brincando de nove a zero.

E agora eu te espero

Pra subir aqui do zero

Venha sem medo algum

Pise no degrau do um.

Se tá fraco, coma arroz

Ou então baião de dois.

Venha, suba de vez,

Já chegamos aqui no três.

Nova marcha eu engato

Pra alcançar agora o quatro.

Energia nova eu sinto

Bem aqui no meio do cinco.

E até falo em inglês:

Six é o nome do seis.

Vou comer uma omelete

E depois pintar o sete.

Quem quiser comer biscoito

Vá à cozinha do oito.

Isso muito me comove

Estou de novo aqui no nove.

Não existe quem reprove

Quando vou de zero a nove

E assim também espero

Quando vou de nove a zero.

José de Castro
Enviado por José de Castro em 14/06/2006
Código do texto: T175263
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.