O CAROÇO

Eu comi ontem, no almoço,

Azeitona de uma empada,

E depois, botei o caroço

Sobre a toalha engomada.

Mas mamãe logo nota

E me ensina com carinho:

“O caroço não se bota

Sobre a toalha, meu benzinho!..."

Tudo que ela me diz, eu ouço,

Sempre com toda atenção.

E pergunto-lhe; "o caroço,

Mamãe, onde boto, então?

Toda pessoa de linha,

De educação e de trato,

O osso, o caroço, a espinha,

Põe num cantinho do prato".

Eu lhe depressa respondo,

Com respeitoso carinho;

"Mas meu prato é redondo,

Meu prato não tem cantinho!..."

Todas as pessoas

De luxo e de trato

O osso, o caroço e a espinha,

Põe no cantinho do prato.”

Mais que depressa respondo:

Mamãe,repare bem.

Meu prato é todo redondo.

Cadê cantinho? Não tem!

Observação: Não sei o autor e o título desse poema. Esse poema era recitado pelos alunos do Grupo escolar da minha cidade quando eu era criança. Se alguém souber o título e o autor desse poema, por favor, escreva no comentário. Obrigada.