RESPEITAR A NATUREZA
Claudinha, uma garotinha muito linda, morava numa cidade onde só existiam prédios enormes. Ela morava num apartamento que parecia uma gaiolinha de tão pequeno que era.
Por isso, todas as férias ela gostava de passear com sua mamãe na casa de seus avós num sitio chamado "Paraiso", onde tinha espaços para correr, brincar com os animais, colher os ovos das galinhas em seus ninhos, puxar o rabo do cachorro Totó, seu amiguinho sapequinha, levar comida aos porquinhos que mamavam na porca enorme e comer frutas deliciosas de todas as espécies que existiam no pomar.
Ela gostava principalmente de tomar o leite fresquinho e quente tirado das vaquinhas presas no curral.
Gostava de passear num lindo bosque e observava como era bonita a natureza naquele lugar, cheia de árvores de todos os tamanhos e espécies, muitas plantas nativas nas quais existiam flores maravilhosas, principalmente orquídeas e hortências. Os passarinhos alegres cantavam em todos os lugares.
Um rio encachoeirado tinha uma água transparente, pura, bem geladinha onde podia beber sem o perigo de estar contaminado pelos esgotos e nem os venenos que eram usados para matar as pragas das lavouras.
Sabia, no entanto, que onde morava ninguém respeitava a natureza, pois sempre via caminhões transportando grandes toras de madeiras, e para limparem o terreno colocavam fogo, queimando os galhos que até pareciam chorar, de tanta dor que deviam sentir. E no lugar das árvores formavam pastos para alimentar cabeças de gado e plantação de alimentos.
Na sua cabecinha ficava sempre a pergunta:- Porque não fazem isso sem derrubarem as árvores, usando terrenos limpos para não causarem destruição da natureza tão bonita?
Quando passava por uma ponte, olhava para o rio que cortava sua cidade e via, pela sua cor escura, que ele parecia não ter vida.
Tinha um mau cheiro horrível, suas águas não corriam ligeiras como aquelas do sitio de seus avós. E, principalmente, não enxergava peixinhos nadando rápidos para pegarem frutinhas, porque as árvores já não existiam mais em suas margens e a poluição malvada acabou com tudo. Nada restou, sómente sujeira e esgotos destratados.
Entristecida, perguntava à sua mãezinha porque tinham feito aquilo com o rio e derrubado todas as matas de suas margens, não existindo nenhuma árvore com lindas flores como via no sitio de seus avós?
E ela respondia:- Filhinha, os homens fazem isso por maldades, querem ganhar dinheiro com a destruição da natureza e não pensam em vocês, criancinhas, que no futuro poderão sofrer, pois poderá faltar alimentos para comerem e água doce para beberem.
Claudinha então fez um juramento perto de sua mâezinha. Falou que conversaria com suas professoras da escola, com seus coleguinhas e eles plantariam muitas árvores, milhares delas, cuidariam para que ninguém mais poluissem os rios, respeitariam a natureza, protegendo seus lindos pássaros e não deixariam que matassem seus animais.
Jairo Valio