INUTEIS MALAS ESCOLARES (infanto juvenil)
Caiu do carro e foi puxada sem dó arrastada pela calçada.
Seguiu do avesso por uns bons dez metros.
Finalmente foi colocada nos trilhos. Isto é, com as rodinhas voltadas
para o chão como é a função das mesmas.
O tecido visivelmente arranhado por quedas anteriores estava a ponto
de dilacerar-se.
Papai, nem sempre Noel, compra outra no ano que vem.
Triste sina a das malas escolares.
Dia a dia carregando materiais obrigatórios nem sempre interessantes
e escondendo assuntos interessantes quase sempre desnecessários.
Primeiro aprendizado feminino de onde esconder coisas nas bolsas.
Papéis de cartas, fotos de ídolos, lápis de todas as cores, et coetera.
O que vai dentro das malinhas dos meninos não vou revelar, é claro.
Segredinho!
Ao ver a menina detonar literalmente sua malinha rosa lembrei-me do
meu tempo de escola.
Ah! Se eu tivesse uma malinha de rodinhas.
Quantas corridas não teria apostado com ela?
Mas acho que sou anterior a invenção da roda.
Naquelas priscas eras tínhamos que levar o material escolar no braço.
Andávamos parecendo velho com escoliose.
Será por isso que passei a odiar halterofilismo e musculação?
Professores pensam que não temos mais o que fazer?
Cada um pedia para levar uma quantidade infinita de livros.
Havia um que exigia o porte de um dicionário. Devia pesar uns três quilos.
Não se esqueçam que sou quase anterior a invenção da escrita e não
havia esses pequenininhos de bolso.
Um consolo!
Os escribas da era pré-papel tinham que carregar pedras.
No meu governo farei uma lei contra o porte de livros por crianças.
Afinal para que as bibliotecas? Se é para ficar lendo tudo nos livros
para que ir à escola.
Escola atrapalha o trânsito, gera a proliferação de barzinho, causa briga
de gangues, colocam crianças de castigo.
Melhor falar só da malinha.
A menininha levou um puxão pelo braço da acompanhante.
Devia ser a mãe, pois se a mãe visse o safanão, aumentaria o contingente
de desempregados.
Malinha endireitada, vamos em frente que atrás vem gente.
Alcança a menininha que carrega seu fardo nas costas.
Vencido o portão, as duas largam seus pesados adereços num canto e
brincam um pouquinho até o sinal chamá-las aos deveres quando
perceberão que o material do dia não veio para a escola.
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Caiu do carro e foi puxada sem dó arrastada pela calçada.
Seguiu do avesso por uns bons dez metros.
Finalmente foi colocada nos trilhos. Isto é, com as rodinhas voltadas
para o chão como é a função das mesmas.
O tecido visivelmente arranhado por quedas anteriores estava a ponto
de dilacerar-se.
Papai, nem sempre Noel, compra outra no ano que vem.
Triste sina a das malas escolares.
Dia a dia carregando materiais obrigatórios nem sempre interessantes
e escondendo assuntos interessantes quase sempre desnecessários.
Primeiro aprendizado feminino de onde esconder coisas nas bolsas.
Papéis de cartas, fotos de ídolos, lápis de todas as cores, et coetera.
O que vai dentro das malinhas dos meninos não vou revelar, é claro.
Segredinho!
Ao ver a menina detonar literalmente sua malinha rosa lembrei-me do
meu tempo de escola.
Ah! Se eu tivesse uma malinha de rodinhas.
Quantas corridas não teria apostado com ela?
Mas acho que sou anterior a invenção da roda.
Naquelas priscas eras tínhamos que levar o material escolar no braço.
Andávamos parecendo velho com escoliose.
Será por isso que passei a odiar halterofilismo e musculação?
Professores pensam que não temos mais o que fazer?
Cada um pedia para levar uma quantidade infinita de livros.
Havia um que exigia o porte de um dicionário. Devia pesar uns três quilos.
Não se esqueçam que sou quase anterior a invenção da escrita e não
havia esses pequenininhos de bolso.
Um consolo!
Os escribas da era pré-papel tinham que carregar pedras.
No meu governo farei uma lei contra o porte de livros por crianças.
Afinal para que as bibliotecas? Se é para ficar lendo tudo nos livros
para que ir à escola.
Escola atrapalha o trânsito, gera a proliferação de barzinho, causa briga
de gangues, colocam crianças de castigo.
Melhor falar só da malinha.
A menininha levou um puxão pelo braço da acompanhante.
Devia ser a mãe, pois se a mãe visse o safanão, aumentaria o contingente
de desempregados.
Malinha endireitada, vamos em frente que atrás vem gente.
Alcança a menininha que carrega seu fardo nas costas.
Vencido o portão, as duas largam seus pesados adereços num canto e
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perceberão que o material do dia não veio para a escola.
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