QUANDO O DIA TERMINA...
Acendeu no céu uma estrelinha
Cá na terra meio ao oceano de lágrimas
Apagou o brilho do sorriso inocente
Pequeno coração pulsa em soluços
É tarde da noite!
A casa vazia
O graveto em êxtase
Crepita na chama fria da noite
Na taipa do fogão a panela
Espera o toque final do dia
O gato ronrona na janela
Uma espera a revelia
O galo no cajueiro
Canta sem consciência
Cumprindo ritual feiticeiro
Sufocar a dor é melhor ciência
Lá fora o cão late em vão
Pressentindo no ar
O clima mórbido
Da viagem ao etéreo
Só tempo se encarregará
Desse pequenino ser
Que no berço será embalado e
Acalentado pelo frio da ausência materna.
Esse foi o mais efemero dos dias...
Assim que a cortina se fechou
mesmo com todo brilho estrelar
essa foi a noite mais escura...
Deus olhará o pequenos
Bruna e Gustavo.