REINO DAS COSTAS (O reino encantado do menino Mozart)

Era uma vez um reino. Não era um reino tão distante como os narrados nos contos de fadas. Era um reino que viajava, ia para todos os lugares com o menino que o carregava nas costas. Quando o pequeno queria descansar da rotina, fechava os olhos e se lembrava das cores de sua cidade, dos brinquedos que não couberam na bagagem, do acalanto de sua mãe, do primeiro cavalinho-de-pau, e logo chegava ao reino.

O nome do reino poderia ser qualquer um, não importava a pompa, e por isto foi chamado simplesmente de Reino das Costas.

Quem era o menino que criara o reino? Todos o conhecem mais velho, romanceado nos livros e filmes, mas ele tinha apenas oito anos quando construiu o seu mundo encantado como um refúgio para as cansativas apresentações de cravo e piano, o contato permanente só com adultos e a grande exigência que sofrem as crianças geniais, principalmente, em meados do século XVIII.

Imaginem que os nobres, nas cortes do império austro-húngaro, desafiavam-no a tocar vendado, de costas, ler partituras de cabeça pra baixo... Suas apresentações quase se transformavam em atrações de circo a troco de alguns presentes para família. O pai, preocupado com o futuro das crianças, satisfazia todos os caprichos da platéia. Enquanto isso, o menino sonhador aproveitava a venda nos olhos para ir ao seu pequeno reino encantado e encontrar os personagens mágicos que criou mais tarde. Os acordes eram puros e a música era a liberdade de ser a felicidade.

Já sabem quem era o menino?

Wolfgang Amadeus Mozart. O grande compositor era também um menino sonhador que adorava descobrir o mundo com os próprios olhos, brincar e aprender. Desde os seis anos, viajou por diversos países com seu pai, músico e violinista, e sua irmã – Nannerl – também excelente pianista.

Mozart logo descobriu que em seu reino havia dois sóis. Um sol era astro, luz; o outro era som, música. Não havia dia nublado que escuresse suas intenções, logo compunha um allegro e recriava o calor nos acordes descobertos. Sua primeira composição foi um minueto para cravo em sol maior quando tinha apenas cinco anos.

Lá era sempre um lugar distante. Dias de carruagem para chegar a um novo reino. O corpo ficava moído, mas não era desculpa para cancelar as tantas apresentações que Leopold Mozart tinha agendado para os filhos. E ainda tinham as doenças que tanto fragilizavam as crianças. Na época de Mozart ainda não havia vacinas e o saneamento das cidades era muito precário.

As crianças prodígios ganharam fama na Europa, contudo, a contrapartida era muito alta. A árdua rotina impossibilitava que Mozart e Nannerl freqüentassem uma escola regular e tivessem contato com outras crianças. Leopold era muito exigente quanto à educação dos pequenos e os obrigava a ensaiar durante longas horas do dia. No caso de Mozart, ele tinha também de compor.

Nannerl não foi estimulada à composição porque na época não era comum uma mulher ser compositora.

No século XXVIII as audições de música eram realizadas nos palácios e nas igrejas. Não havia teatros para grandes públicos. Os músicos ficavam à disposição dos nobres e do clero. Como também não havia lp, cd ou dvd, as únicas formas de divulgação da obra de um compositor eram as apresentações nas cortes e igrejas ou a edição de partituras para interpretação por outros músicos.

A grande realização de um músico era conseguir um cargo de Mestre de Capela ou ser o músico de uma Corte.

O pai ensinava tudo o que achava importante para as crianças durante as longas viagens, teoria musical, história da música, outros compositores, inclusive, matemática, história e gramática...

Mas criança é criança, e logo Mozart criou um la pertinho, logo ali, nas costas, Reino das Costas. Um la musical que não conhecia fronteiras. Mozart transportava-se com Nannerl para encontrar os brinquedos mágicos e os amigos invisíveis. O pequeno músico transformava o mundo que conhecia em um lugar encantado, onde os adultos só existiam para fazer as crianças felizes. A infância era sagrada e não podia ser profanada por obrigações e deveres penosos.

Lá Mozart não era obrigado a usar perucas, espadachins ou roupas engomadas, vestia-se com asas coloridas e sedas suaves. Lá não tinha de cumprir as etiquetas, conter o riso, ser agrádavel com todos. Lá ele gargalhava com os longos cabelos dourados ao vento e compunha muito porque encontrava mais inspiração.

Em si bemol, Mozart destacou uma tonalidade que iria dar muita dor de cabeça aos biógrafos que tentam associá-la à sua vida ou às suas relações com o mundo. Mas foi em si que descobriu-se o próprio herói e compôs o hino “Herói de Mim”. Dizem que Nannerl ajudou na composição e que fez lindas coreografias para serem bailadas pelas crianças do Reino das Costas.

Mas o reino era um segredo. As chaves em ré eram guardadas no coração e quando as crianças queriam descansar, desprendiam-se da realidade e ganhavam os sonhos. Lembrem-se de que o verdadeiro aprendizado vem dos sonhos e é lá, quase si, que as grandes criações do artista surgem e são gestadas até o nascimento, como um sol que nasce em cada nova composição.

Não se sabe bem como aconteceu. Um grupo de crianças estava brincando num salão do castelo de Salzburg e encontrou, dentro de um cravo, um manuscrito relatando um estranho encontro, quase impossível. Há quem não acredite, mas existem sonhos que se transformam em realidades, são escritos, lidos e passam de geração em geração.

Durante uma apresentação para a imperatriz Maria Tereza em Viena, Mozart e Nannerl tocavam a quatro mãos o cravo e o pai os acompanhava no violino. Os nobres foram contagiados pela beleza da música e ficaram intrigados com a habilidade de Mozart com o instrumento. Ele tocava as teclas com rapidez e leveza, parecia recriar os sons. Durante a exibição, o menino de oito anos ficava tão grande que quase não cabia no salão.

Quando a música terminou, os três foram muito aplaudidos, mas os presentes queriam mais, desejavam testar a genialidade do menino tão divulgada nas cortes.

Primeiro cobriram o teclado com um pano preto, Mozart continuou tocando com naturalidade, não errou uma tecla sequer. Em seguida, Mozart leu a partitura de uma obra para violinos de autoria de um nobre e foi desafiado a tocar a melodia vendado. Colocaram um pano preto em seus olhos e o menino continou tocando como a mais clara das visões e foi então que a história do manuscrito começou a tomar forma... Papageno, um homem meio-pássaro, vestido com roupas extremamente coloridas, entrou no salão, tocou sua flauta de Pan e parou o tempo. Todos ficaram paralisados. Papageno despertou somente as crianças. Mozart e Nannerl ficaram assustados com a presença do estranho personagem, mas, como foram avisados que iriam para o Reino das Costas, logo se acalmaram. No reino tudo era possível, até homens meio-pássaros com enormes gaiolas douradas nas costas. Costas? Reino, gaiolas dourados, mochilas, instrumentos. Nossa! Como as costas são importantes!

Papageno explicou que, para irem ao reino, eles teriam de possuir pés e asas, além de tocar os instrumentos mágicos para abrirem todas as portas. Mozart e Nannerl não entenderam bem, mas queriam chegar logo ao mundo encantado e não perguntaram muito. Eles estavam cansados e queriam descansar. Rapidamente trocaram as roupas por vestes muito coloridas, decoradas com penas e purpurinas, e pegaram a flauta mágica e os sinos encantados na gaiola dourada de Papageno. Os três flutuaram até o reino, passando pelos mais lindos lugares, por todas as estações, pegando as crianças dos mais longínquos lugarejos.

O Reino das Costas era muito parecido com Salzburg, cidade natal de Mozart. Enfeitado com notas musicais e números fosforescentes, o reino era o retrato do sonho. As construções brilhantes eram entrecortadas por um rio prateado com uma partitura que deslizava sem parar, as abóbadas das igrejas reluziam a ouro e o majestoso castelo no alto da cidade mantinha as ruas acalentadas pela segurança das grandes muralhas. Em algumas festas, as paredes de pedra do castelo se transformavam em guloseimas: muitos sonhos de do, pães de re, balas de mi, beijinhos de fa, bicoitos de sol, chocolates de la, brigadeiros de si... Os alimentos eram notas musicais irresistíveis. Depois dos banquetes, as paredes se reconstruíam firmes como pedra. As crianças satisfeitas cantavam: Do, re, mi, fa, sol, la, si...

Não havia fome no Reino das Costas. Nem silêncio.

Papageno se apresentou de forma confusa: “eu sou você amanhã”, “sou seu personagem”, “o sonho”, “a realização”... Mas Mozart não conseguiu entender direito, nem poderia, pois Papageno foi um personagem da Flauta Mágica, ópera criada quando Mozart tinha trinta e cinco anos. Certamente, Mozart quando compôs a ópera lembrava-se do menino, mas, como menino, não poderia recordar o homem em construção.

Mas, afinal, quem era Papageno?

Papageno era o caçador de pássaros da Rainha da Noite. Foi encarregado de acompanhar o Príncipe Tamino e resgatar a Princesa Pamina sequestrada pelo malvado Sarastro. Papageno e Tamino ganharam instrumentos, sinos encantados e a flauta mágica e foram guiados por espíritos de crianças. No percurso descobriram que Sarastro era um grande sábio, mestre de uma poderosa seita, e que Pamina era sua filha com a Rainha da Noite. Tamino teve de provar sua bravura e sabedoria e foi submetido a várias provações para casar com Pamina. Papageno o acompanhou. Falador e medroso, não conseguiu passar logo na primeira prova, a do silêncio. Tamino conseguiu vencer todos os desafios e casou com Pamina. Papageno, um homem da natureza que só desejava ser feliz, apesar de não ter passado nas provas, tocou os sinos mágicos e se casou com Papagena com quem teve muitos papageninhos e papageninhas.

Mas esta é uma outra história que vale a pena ser vista e revista por todos. A Flauta Mágica é um tesouro que encanta o mundo desde a sua estréia em 1791.

Quando Papageno e as crianças chegaram ao reino, os trompetes tocaram anunciando a chegada. Mozart se jogou no chão com medo. Apesar de ser hábil com todos os instrumentos, o pequeno compositor não gostava de trompetes, achava o som estridente e associava o som propagado com a pompa das autoridades (daquela gente que gosta de mandar em tudo e todos). Papageno acalmou o menino e tentou explicar que todos os instrumentos são importantes para uma orquestra, como os pais para as crianças, as autoridades para a sociedade, mas Mozart estava tão encantado com a beleza do lugar e com a multidão de crianças que logo esqueceu os trompetes e compôs uma sonata para piano.

Papageno encontrou sua Papagena e apaixonado tocou sua flauta de Pan. Mozart ouviu e ficou com os olhos arregalados. Era o registro de uma nova inspiração. O amor, a flauta, os passos, o encontro... Quem sabe um divertimento para flautas?

Todos os sons inspiravam Mozart. Se ele ouvisse um pássaro cantando, ele criava um concerto para flautas; um relógio badalando, um minueto; uma mulher gritando, uma ária (lembrem-se da ária do desespero da Rainha da Noite na Flauta Mágica); um sonho acordado, um allegro, e assim com todos os barulhos. Ele criava e guardava para si, depois passava para o papel. Escrevia a partitura de uma vez só, quase sem rasuras.

Brincava com os sons. Associava as emoções com as tonalidades e criava lindas obras musicais como contos precisos de suas aventuras sonhadas ou vividas.

Dó era apenas uma tonalidade. No Reino das Costas, ninguém tinha pena do próximo. Todas as crianças tinham direitos e deveres, brincavam e estudavam para crescerem responsáveis. A saída do reino não era obrigatória, mas quando uma criança crescia e desejava propagar a felicidade, tornava-se um excelente adulto e nunca perdia a capacidade de sonhar e compartilhar suas aspirações.

Quando se cantava em mi, muitos mimos surgiam, migalhas ao vento eram purpurinhas, militares selavam a paz com os soldadinhos-de-chumbo e muitas miragens surgiam para embelezar os caminhos. Logo um minueto coroava a nota musical com uma bela coreografia mirim.

Mozart adorava matemática. Quando aprendeu os primeiros cálculos, rabiscou a sala inteira com giz. Chãos, paredes, poltronas, tudo ficou colorido com suas contas. Ele era assim, apaixonado por tudo o que aprendia. Fazia das obrigações um divertimento e por isto criou o Reino das Costas com números gigantes que passeavam no meio das crianças e as ajudavam a descobrir a tabuada.

Cada resultado certo era uma festa e ecoava em melodias em re, recordações, reflexo, refeições, reino...

A matemática o ajudou muito para o desenvolvimento musical. Aliás, a matemática é muito útil para todos. As sonatas clássicas aplicam o raciocínio lógico ao material sonoro para ampliá-lo. Três ou quatro movimentos que se contrastam, mas estão ligados quanto à tonalidade. Quem nunca ouviu que a música de Mozart é boa para o desenvolvimento matemático? Ou que as gestantes devem ouvir Mozart para estimular o raciocínio dos bebês na barriga?

Farfalhavam sons nas folhas das douradas pautas de cinco linhas, um divertimento em fa maior chamava as primaveras com clarinetes e fagotes. Fantoches de alegria, fantasias, famílias e muita fanfarra. Fanfarra é banda de música, hein! Não confundam com fanfarrice.

Ele adorava aprender outras idiomas (também com tantas viagens). No reino era comum uma frase com palavras em diversos idiomas. Parece difícil, mas as crianças se entendiam muito bem. Dizem que a melhor época para se aprender línguas é na infância.

Nannerl encontrou sua caixinha de música com a bailarina dourada. Ela estava muito maior, quase do tamanho da menina. Enquanto Mozart criava sua sonata, Nannerl dava corda na bailarina e dançava com leveza e alegria acompanhando os passos do seu brinquedo.

As outras crianças dançavam ao som da imaginação de Mozart que escrevia a música num papel com muita tinta. Os borrões se transformavam em lindos desenhos, imagens que os sons projetam, até hoje, quando ouvimos músicas encantadas.

Tudo ia bem, até o momento em que o menino trompetista entrou no salão, tocando o seu instrumento. Mozart quase se desesperou, jogou-se no chão e começou a chorar. Papagena acalentou o menino e, ao som do trompete, cantou uma linda canção. Mozart percebeu que não havia motivo para sentir medo. Se ele não gostava do som do trompete sozinho poderia acompanhá-lo com tímpanos, clarinetes ou violinos.

Mozart e Nannerl passaram momentos inesquecíveis no Reino das Costas. Visitaram uma gruta colorida, lancharam as guloseimas de Papagena, brincaram com as outras crianças e subiram até o castelo de Salzburg.

Lá as crianças entraram num salão e cada uma pegou um instrumento. Todos tocaram uma linda sinfonia, inclusive o trompetista que já havia se tornado amigo de Mozart e tocava o trompete ao seu lado no centro do salão. Dizem que a sinfonia do castelo foi a primeira composta por Mozart. Ele regia todas as crianças, Nannerl tocava cravo e o casal Papageno dançava desengonçado.

Quando encerrou, todos festejaram, aplaudindo-se em glória. As crianças estavam em êxtase. Exausto, Mozart sentou-se junto à irmã e apoiou a cabeça no teclado do cravo.

Quando despertou, Mozart estava vendado, tocando para a imperatriz Maria Tereza, no último acorde. Nannerl estava a seu lado com a mão em seu ombro.

Mozart e Nannel, de mãos dadas, agradeceram os aplausos e se olharam surpresos. Durante a execução de uma música, os dois passaram momentos mágicos, viveram o mesmo sonho ou sonharam com a mesma realidade.

Mozart e Nannerl haviam transformado a realidade em sonho. Nada mais era inalcançável.

A narrativa do manuscrito encerra com o riso de Mozart e Nannerl quando tropeçaram na flauta e nos sinos. As fantasias se materializam em instrumentos musicais e crescem nos sons emitidos. Leopold não entendeu nada e repreendeu os filhos pela falta de modos. As crianças nem perceberam e continuaram a rir.

Havia também uma partitura e uma anotação ao pé da página com letras coloridas: “Reino das Costas – tudo o que eu não posso ver de frente quando estou com os olhos abertos”.

Curiosamente o manuscrito encontrado era assinado por Papageno e escrito com a letra de Mozart.

Como se fossem um só, Mozart e Papageno permaneceram juntos para sempre na grande ópera A Flauta Mágica. Mozart nunca quis ser poderoso, quis apenas ser feliz. Não queria desafios escuros, desejava a luz da alegria, o calor do amor encontrado, o aroma dos primeiros botões de rosa. O menino cresceu, compôs seiscentas e vinte e seis obras musicais e se imortalizou como um dos mais brilhantes compositores do classicismo. Papageno não caça mais passarinhos, o que aliás hoje seria um crime ecológico. Traz, em sua gaiola, instrumentos musicais para que as crianças descubram na música de Mozart o ponto inicial para as próprias composições.

Mozart não teve uma vida fácil. Apresentou-se desde muito pequeno, viveu um momento histórico delicado e não foi devidamente reconhecido enquanto estava vivo, mas valeu a pena. Mozart deixou ao mundo um legado que não se perde: as belas sonatas que criaram um capítulo próprio na história da música, as óperas em alemão, as sinfonias, os divertimentos e a lembrança do riso solto que encantava os salões com a sua eterna busca pela felicidade.

Mozart encontrou em seu personagem Papageno a possibilidade de realizar a sua natureza. Ser feliz, tocar sua flauta de Pan e encantar o mundo com as sensações únicas de suas composições.

O Reino das Costas foi criado por Mozart para viver a sua infância. Não foi o único reino criado pelo compositor. Dizem que, mais velho, ele criou o Reino das Grutas. Mas esta é uma história para os adultos que perderam a capacidade de sonhar, uma lição para encontrarem motivos para continuar acreditando.

Ter o próprio mundo encantado não é um privilégio deste ou aquele, é um direito de todos. Existe um reino que cada um traz em si e pode compor com criatividade para ter uma vida significativa e feliz.

Reino das Costas (O mundo encantado do menino Mozart) é um texto de ficção inspirado em dados biográficos de Wolfgang Amadeus Mozart. A história infantil é fruto de uma emoção da autora que, aos quinze anos, assistiu a um concerto no Salão de Mármore do Palácio Mirabell durante o festival de música de Salzburg e foi informada de que, naquele local, Mozart se apresentara pela primeira vez em público com apenas cinco anos.

Quem conhece a grandeza da obra de Mozart não pode fechar os olhos para os seus sonhos. A leitura do Reino das Costas é a possibilidade de encontrá-lo nas fantasias que se desvelam quando fechamos os olhos e ouvimos as suas composições, é a certeza de que vale a pena sonhar para aprender que a vida é uma possibilidade única e deve ser aproveitada plenamente.

Bibliografia

Pahlen, Kurt: Mozart – Crônica de vida e obra, Melhoramentos, 1991

Schomberg, Harold C.: Los Grandes Compositores, Javier Vergara Editor, 1987

Peternell, Pert: Mozart, Editorial Aster, Lisboa, 1976

Hildesheimer, Wolfgang: Mozart, Javier Vergara Editor, 1982

Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 18/05/2006
Reeditado em 31/08/2006
Código do texto: T158593