A Tartaruga Fujona
Ela apareceu no quintal.
Logo cedo, depois de uma noite chuvosa uma voz infante, grita:
- Mãe! Olha o que apareceu aqui?
A mãe ocupada com seus afazeres matutinos desce para ver de perto o que causou tanto espanto no menino. Era um filhote de tartaruga. Olhando de um lado para outro, tenta descobrir por onde aquele bichinho entrara, mas lembrando da enxurrada e do terreno alagado que havia ao lado da casa, deduz que ela só pode ter saído de lá. Afinal, ali havia de tudo: cobra, rã, sapo, calango, preá, coelho, ratazana, etc.
Durante todo dia tentou cuidar do bichinho, Mas ele não parecia gostar do que lhe fora oferecido: mamão, banana, alface, tomate.
Desistiu. Ele saberia a hora de comer, pensou com seus botões.
Colocou o animal num cercado e depois de uns trinta minutos voltou para olhar e qual não foi à surpresa: o bicho havia sumido. Procura daqui, procura dali, encontrou-o bem escondidinho, mas numa rapidez que desmentiu o que ela havia lido sobre o andar vagaroso de tartaruga. Ou essa era uma exceção, ou então não sabia nada sobre a fujona.
Decidiu deixá-la ir.
Chamou o filho. Falou-lhe sobre a pressa do animal em voltar pra casa. Com certeza estava preocupado com seus pais e irmãos. A criança aceitou. E como oportunidade não se deixa passar, a tartaruga encontrou o seu caminho.