Daquelas brincadeiras I

Ir ao bar de todos os finais de semana, falar dos mesmos assuntos, com os mesmos amigos, ir embora no mesmo horário de sempre e acordar com uma baita dor de cabeça no outro dia, é impagável! Chega a ser gratificante.

Agora, não fazer isso por um dia... Ah, isso pode ser impecável!

Trocar o bar pela rua de casa, a frente da casa; sentar no passeio, conversar com os amigos - mesmo sendo os de sempre - o diferente é não estar no bar. Não há copo de cerveja, no máximo um suco; crianças brincando na rua, sorrindo, correndo, e a diversão mais contagiante do que as dos assuntos rotineiros.

Sorrir junto com as crianças, juntar-se a elas correndo de um lado ao outro da rua. Queimadinha do meio! Sempre ser queimada e quase não queimar!

Rouba-bandeira! Correr, correr, correr! Sorrir, gritar, cansar!

Perder num jogo em que, na infância, sempre era o vencedor...

Pique-esconde! Não ser o pega!

- 1, 2, 3, 'tô salva!

Eles não me acharam, tão espertos! Dessa vez fui mais, para esconder ainda sou boa!

- Galinha choca, comeu minhoca, saiu pulando que nem pipoca!

Isso é significativo!

Melhor que ser criança é ser uma criança feliz! Melhor que ser adulto é achar que ainda se pode ser criança, brincar no meio delas e perceber que ainda há um sentido...

Não quero comer minhocas!

Ainda quero me salvar!

Quero ficar cansada de correr na rua nos finais de semana e não de voltar tarde para casa depois de uma noite no mesmo bar tratando de mesmos assuntos.

Meus velhos amigos que me perdoem, mas minhas velhas atividades vão me preencher agora. Eles que se juntem a mim, senão não mais me verão!

Daquelas brincadeiras é que quero me ocupar...

AnaNunes
Enviado por AnaNunes em 09/04/2009
Reeditado em 19/04/2009
Código do texto: T1531455
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