O Jardim

Eles bailam sozinhos ,os olhares são tortos

Ela não é vista

Um pequeno elefante a alcança numa longa manada de impulsos

Sob a cama ela disfarça, sua enclausurada imagem

Num terremoto de pérolas nuas e sem brilho

Ela caminha em meio a luteros

E a menina estranha se aflora no ódio de algo sem lágrimas

Perdidas por falta de tempo

O horizonte distante a convida

À perfeita estatuetas de pedras

O muro enfileira palavras e a menina responde com o tempo

É chegada a um quarto sem berço onde todos se dizem espertos

A janela comtempla um cavalo

Castas palavras de enterro

Carrega a menina mucamas

Braços estirados em asno

É o rosto estúpido da sombra

Correu a protestar-se a um canto, dispersa encontrou um segredo

A seva morta sangrava grata despia-se do sol

Sonâmbula acompanhava meus gritos

Grisalha corcunda sem teto

O retrato é incerto e a mulher lá está

Dessecado um incesto

Amigos não existem

No pulo da corda, as escadas distantes disfarçam um monge

O corcunda chegou vestido de fera

Olhou-a no deslumbro de miras

Na seiva de um pedaço de terra, aceitou o trabalho da chave

Passos lentos correram na réuva , o ciúme em si era nulo

Deu-se então uma mágica

Voltar uma hora de espanto na caricia de mão soberbas

Em coma parábolas de paz,um choro de graça na massa

Devolvera a vida aos mortos

Toscos abraços, inquietas palavras

No explendor de um jardim, antes morto em passado

No aborto da alma, floria e cantava a forma completa de um mundo

Secreto de sonhos.

PANDORA AEDO
Enviado por PANDORA AEDO em 06/05/2006
Código do texto: T151430