CENA MALUCA

CENA MALUCA

Imagine que você foi convidado para comemorar a festa de aniversário de sua melhor amiga em uma lanchonete badaladíssima nas imediações da praia.

Mas chegando lá, você se depara com uma cena muito maluca. No meio de toda a normalidade que se “deveria” prever, coisas muito estranhas aconteciam ... assustador ...

Mas, será que você consegue ver?

Vamos ver se você consegue imaginar também esta cena muito, muito maluca:

“ – Pedido da mesa dez está pronto!” – gritava a balconista entregando a bandeja para a garçogata.

GARÇOGATA? MAS O QUE É ISSO?

A garçogata usava uma roupa bem peludinha e fofinha, parecendo um gato de verdade, se ela era mesmo uma gatinha ou não eu não sei, mas que tinha um baita rabão, ah! Isso lá tinha! Que esquisito ... sinistro ...

Continuando, quando olhei para a mesa ao lado uma família lanchava e conversava animadamente, estavam todos muito felizes. Até que Oh! mas, mas ... onde estão as cadeiras? Eles estão sentados no ar? Em cadeiras invisíveis? Que loucura!

Meus olhos mal podiam acreditar em coisas tão esquisitas, tão bizarras ... Olhei para o relógio querendo que o tempo voasse e ... mas, não é possível!

O relógio era um enorme X-Tudo, e os ponteiros duas bisnagas de maionese! Sinistro!

Só podia estar ficando louca. Tentava me convencer de que estava tendo um pesadelo, mas aquela cena maluca ficava cada vez mais real em minha mente.

Resolvi então dar uma volta pelo salão para espairecer, na esperança de encontrar minha amiga, entregar-lhe o presente e ir-me embora sem demora daquele lugar.

Estava decidida a esquecer daquela cena em nem pensar quem era louca, eu ou ... aquilo tudo!

Quando estava passando pela mesa vinte tomei um baita susto. O casal de namorados saboreava ... espera ... saboreava ... mais p homem não tem cabeça! Jesus apaga luz, que nem diz aquela lá! Mudei foi é logo de rumo.

A garçogata se não bastasse desfilar com aquele rabão que já estava me incomodando, passou por mim correndo e saltitando distribuindo os pedidos por entre as mesas e quando olhei a bandeja em sua mão ... ah! Não, aquilo já era demais! A bandeja estava virada para baixo. Bata frita ... hamburger ... refrigerante e até a sobremesa, tudo literalmente de pernas pro ar!!

Mais que lugar era aquele! Que cena era aquela!!

O cheiro apetitoso vindo do balcão desanuviou um pouco meus pensamentos e eu resolvi ir comer para ver se esquecia aquilo tudo, pensei: “É, isso, talvez seja apenas fome!” E fui comer uma coxinha.

AH! QUE HORROR!

Em vez de coxinha e outros salgados, peixinhos nadavam apaixonados dentro da estufa.

Mais isso não era nada perto da luva dourada, cheia de lantejoulas que solta no ar, suspense sabe-se- lá como, fritava as batatinhas; tinha ainda um enorme chapéu de cozinheiro branco e fofinho que enchia os copos de refrigerante usando uma mangueira, colocava os canudinhos de lápis de cor. Para completar aquela cena maluca na cozinha, uma escumadeira, sozinha, virava os hambugeres na chapa.

Muito sinistro! Muito sinistro!

Não deu outra, comecei a correr como uma louca (louca? Eu?!) rumo à porta de saída.

Tropiquei no cachorro-lixo que abria a boca e engolia tudo o que via pela frente com uma simples pisada no rabo.

Passei por cima da calda de uma Sereia que cobria os sorvetes.

Cai de cara em cima do bolo de algodão e cerejas e ainda fui obrigada a ouvir a conversa de uma Girafagente, que fazia o pedido de seu filho:

-“Por favor, um biscoito de Eucalipto, uma fritas com queijo de cipó e um X-burger de agrião para o meu pequeno.”

Ah, eu desisti!

Fui me arrastando até a porta, me joguei na calçada exausta de tanto maluquices e implorei por um taxi urgente.

“Para onde senhora?” Me perguntou Polvotaxista.

Jogada no banco de trás do carro eu ...

“Pra casa por favor” – Respondi em prantos!

Claudia Gennari
Enviado por Claudia Gennari em 17/02/2009
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