Joãozinho Bombeiro
Certo dia, numa bela manhã, Joãozinho acordou bem cedinho e estando sozinho, sentiu vontade de brincar. Foi ao guarda-roupa, vestiu uma roupa vermelha, esquisita, porém bonita e disse para si mesmo: ”vou brincar de bombeiro!” Se bem que a roupa não desse muito a impressão de que se tornara um bombeiro.
Já vestido com a roupa escolhida, saiu procurando pela casa alguém para salvar e após muito procurar, eis que apareceu a grande chance para o Bombeiro Joãozinho trabalhar, pois acabara de cair no tanque de roupas uma indefesa e pequenina abelhinha, daquelas listradas de preto e amarelo. A pobre abelhinha estava prestes a ser vítima de afogamento, por isso era preciso agir rapidamente. Raciocinou então, nosso amigo bombeiro: “se eu tentar retirá-la com as mãos, ela poderá me ferroar, pois está apavorada por causa do perigo”. Pensando assim, correu até a cozinha, pegou uma colher de comida, vazia é claro! E num ato de coragem, somente possível de ser realizado por aqueles que amam a natureza, resgatou e salvou a pobrezinha do afogamento. Ao sair da água e ficar sobre a colher, a pobrezinha parecia atordoada e ficava balançando o corpinho e tentando mexer as asinhas. Até que, após alguns momentos, conseguiu levantar vôo.
Joãozinho Bombeiro acompanhou o vôo da recuperada abelhinha, a qual foi diretamente para a lâmpada da cozinha, onde fazia mil peripécias voadoras. Joãozinho pensou: “será que essa festa toda é em agradecimento por ter-lhe, salvado a vida”. Eis que a abelhinha num vôo rasante fez alguns rodopios sobre a cabeça de nosso amigo, zumbindo bastante, certamente de alegria, e foi-se embora. Quem sabe, fôra para a colméia contar o ocorrido? Joãozinho, entusiasmado com o salvamento, continuou rodando pela casa à procura de uma nova oportunidade de ser útil e evitar algum acidente, mas não encontrou nenhuma de tanta emoção e importância. Até a hora de dormir, lembrou-se da amiguinha, a formosa abelhinha, que fizera festa na lâmpada da cozinha, porque ele salvara sua vida.