Fábulas...

Fábulas...aprendi o que viria a ser fábulas com meu filho de seis anos.Certo dia ele me disse: “-Mamãe fábulas é uma história onde animais pensam e falam”.

Eu perguntei mui interessada: “-mas quem te disse isso filho?”Ele respondeu: “-A professora, né!!!"

Descobri naquele dia inocentemente que eu era, nada mais, nada menos ,que uma criadora de fábulas( nada modesta).Pois que meu segundo livro infantil então já concluído :"Assembléia das maritacas” trata-se de uma fábula.Passados alguns dias estava eu triste,aborrecida com a vida,e a voz lá dentro falou:"-O mundo vos aborrece pois que não pertences ao mundo".Comecei a meditar em minha personagem favorita,a "Menina camponesa",assim sou conhecida no "Recanto das letras", personagem qual eu criei : menina moça que sonha ser criança pelo resto de sua vida,teme as mudanças,vive de esperanças...E então consolada com as palavras de Jesus: “...quem não receber o reino dos céus como uma criança jamais entrara nele”.Então dei Graças ao Pai que sou infantil,inocente,maliciosa como uma criança.Sem medo de dizer a verdade mesmo sabendo que assim muitos não vão gostar de mim e me achar irresponsável.Sendo eu mesma sempre; mesmo quando as circunstâncias me dizem que deveria eu fingir só um pouquinho.Alegre então,me senti!!!!!O reino celestial,a vida eterna,anjos com servos meus,a cidade esplendorosa de ouro e de cristal,claro;sempre inspira.

E de repente eu me lembro: é meus animais sempre falam: gatos, pássaros, periquitos, gansos, cachorros...Eu falo por eles e com eles.Eu faço a voz deles e a minha, sempre; num diálogo comigo mesma,e pra falar a verdade isso sempre causa risos até da minha família:filhos e marido que sempre diz que eu vivo no mundo da lua.E meus animais me amam,ainda mais que os humanos ,sim como amam,sei que tem pessoas que me amam muito , embora não me compreendam,outros tanto me odeiam incondicionalmente,outros tanto me acham maluca mesmo,mas os animais não ,estão sempre ali com os olhinhos brilhantes agradecidos,querendo carinho...Até os passarinhos e periquitos que quando eu falo com eles me ouvem atentos;

param , prestam atenção.Ah,sei que quem me conhecer e ler vai pensar assim “-pois não é que é maluca mesmo,nem pássaros tem, nem periquitos”. Mas quem disse que não,todos os dias vem em minha janela ,no ponto do ônibus, quando estendo a roupa no varal; são soltos sim, livres para voar onde quiser; mas buscam minha companhia,são meus amigos também.Então aqui nasce mais um livro,mais um filho meu,mais uma fábula infantil: “A menina camponesa”,minha menina,minha filha,mãe de mim mesma....Que ama a natureza,aprecia as borboletas...

Quem vai entender?Os poetas e as crianças certamente entenderão,principalmente aqueles que amam fábulas e animais de estimação.

(texto que escrevi como introdução de mais um livro infantil)

E para terminar deixarei como reflecção esta poesia:

Sinceridade

“... A sinceridade do meu coração me faz entender coisas sem explicação.

Me leva além do céu e do mar.A sinceridade até me faz viajar.

Viajar pelos sonhos que o poeta sonhou.Pois brincar com as palavras só pode ser obra sincera; de uma criança ou de um poeta.

Do livro:Tempestade de verão(Fernanda Ferreira Baylon)

Fernanda Ferreira Baylon
Enviado por Fernanda Ferreira Baylon em 11/11/2008
Código do texto: T1276773
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