Serafim, será o fim, Serafim!!!
Serafim, será o fim, Serafim!!!
Menino tira o dedo do nariz
Menino tira o dedo do... tira.
O dedo do nariz saiu com catota
Roda, roda e faz uma bolota
Nossa, grande bola de catoca
Mira, olhar, joga, bate e gruda...
Grudou o bolo de meleca na saia dela.
Ah não! Não, na minha saia não...
Que nojeira, menino de hábito seboso.
Essa é a minha mini-saia nova
Saia branca de bolas amarelas
Feita pelas mãos da vovó
E agora grudada nela tem meleca nela.
Roda, sacode, roda a saia nova
Lá vai, lá vai, voou a bola de meleca
Voou, voou, voou num propenso vôo...
Foi parar, olha lá onde, aonde?...
Nós óculos do vovô, iiiiiiiiii, sujou!!!
Nossa que coisa é essa que voa cega
Acabei de limpar meus óculos
Que bola feia e gosmenta e amarela!!!
Não toca nela não! Não toca vovô
Isso é sujeira do nariz do Serafim!!!
Serafim?! Será o fim, Serafim?
Ontem mesmo te puxei as orelhas
Te pus de castigo na cadeira,
Te dei bronca por outras asneiras...
E você não aprendeu neto bom de peia!!!
Desculpa vovozinho do meu coração
Eu não fiz por mal não, foi engano
Só estava limpando o meu narizinho
Quando todos fizeram alarme e espanto
Aí eu joguei sem direção a meleca
Que parou, imagina, sem querer, na saia dela
Depois ela, a saia, sacudiu, rodou e então
A meleca foi para nos óculos do senhor.
O avô, comovido, abriu-se logo em grande riso
Da carinha arteira do seu neto tão menino
Lembrando-se de outrora, com certeza
Das peripécias do seu tempo de mal-ouvido.
Tirou a meleca dos limpos óculos
E no polegar fez bom miro e atirou
A meleca, do nariz do Serafim, Deus do céu
Sabe onde foi por castigo parar?
No pescoço elegante do senhor
Que ia passando todo engomado
Encontrar o seu ente tão amado...
Todos riram da astúcia do vovô
Que ficou, no momento, todo sem jeito
Num outro segundo, tudo já estava refeito
E outra e mais outra e tantas outras melecas
Foi tirando do nariz com seu dedo
E todos agora queriam fazer a guerra
De meleca de dedo sujo, com efeito...
Será o fim, Serafim!!! Serafim não toma jeito.