O ENTERRO DO SAPO - Cap. XIII
_ Então, o quê? - se interessou Liviva.
_ Então vamos logo pra casa. Eu quero ver se todo mundo tá lá - concluiu Menina, com a mesma expressão de suspeita.
Ao entrar na casa, ela foi gritando o nome de cada um:
_ Maria! Latide! Vovó! Mamãe! Cadê vocês?
A primeira a aparecer foi Maria, seguida de Latide e de Sinhá Doninha. Menina começou a falar desordenadamente. Zico e Liviva tiveram a mesma idéia e a situação ficou difícil de ser compreendida.
_ Vovó! Maria! Lá no enterro do Ludovico, quando a Liviva tava chorando, um... Um...
Liviva tomou a palavra e complicou mais um pouco.
_ O Zico tava rezando e eu tava enterrando o Ludovico, ai a Menina falou... Que... Que...
_ Não! Ela falou foi comigo! - interrompeu-a Zico.
Siá Doninha, querendo entender o que se passara, deu um grito forte.
_ Pára! Pára todo mundo! Fala um de cada vez! Que estória é essa de enterro e quem é esse Ludovico?
Menina respondeu intimidada.
_ É um amigo da gente que tava amassado. A Liviva disse que o nome dele era Ludovico. Aí ela disse que era pra enterrar o Ludovico pra ele ir pro céu, aí, aí...
A avó voltou a impacientar-se e falou com Liviva.
Diga-me já o quê ou quem é Ludovico e o que foi que aconteceu pra vocês estarem assim como se tivessem visto alma do outro mundo. O que foi que vocês aprontaram dessa vez?
_ A gente achou ele e aí... Aí...
Liviva começou gaguejar. Ela também tinha medo da avó, sabia o quanto ela era severa. Sinhá Doninha pegou-a pelo braço e intimou-a a dizer o que tinha acontecido com eles. De uma só vez a garota falou:
_ Tinha uma fera lá no mato e ela quase pegou a gente!
Continua...