DOIS LADOS
Luz d’aurora, lá fora, a voz do vento,
A ousadia, a libertária passagem,
A interferência na paisagem.
O meu silêncio, aqui dentro,
O olhar sem vida, a recolhida imagem.
A ausência de coragem.
Aos poucos, me fragmento; me consumo,
Soberano, o vento segue o seu rumo.
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TEMPO QUE PASSA
Amanhece, faço preces,
pedindo ao senhor proteção,
pra alma e para o coração.
Quem sabe Ele me esquece,
Deus me livre, não ,não, não,
salve-me meu guardião.
Mas o tempo, o tempo passa.
Talvez seja a maior desgraça.