Para que?
Para que servem as ruas, as canções, as poesias,
se estou entre montanhas de lixo e hipocrisias?
Se estou só, perdido nesses mares de mentiras?
Penetro noites escuras, entre estrelas fugazes.
Deixo-me enveredar por amores, por metáforas,
por músicas difusas, esquecimentos e remorsos...
Para que seguir essa miragem difusa, esse fantasma?
Junto ao mar contemplo a vida, resignado, entre marolas.