Maria Padilha
Em um sepulcrário tetérrimo,
A meia-noite no lúrido cruzeiro,
Uma maviosa silhueta vertia enleio.
Mirífico estofo carnal no cemitério ermo,
Indeléveis olhos verdes, sem pejo,
Madeixas em lúbrico lampejo.
Sobejo fulgor, em seu sorrir e gargalhar.
Inefável beleza ingente, pela necrópole a flanar.
Em X de novembro de MMXIX. E. V.
0h.
Dies solis.